A equipe que faz o bonde andar
Embora muitos desconheçam, o perfeito funcionamento dos bondes que circulam no Centro Histórico depende da dedicação de uma equipe de funcionários da prefeitura e da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Ao fazer a manutenção diária dos veículos elétricos, eles garantem um passeio agradável para os santistas e turistas ao longo dos cinco quilômetros de percurso pelos principais pontos turísticos e culturais da área central.
A rotina dos profissionais começa logo cedo na oficina instalada no Valongo. A primeira providência é verificar os freios dos bondes, ajustar os parafusos, trocar o óleo e fazer o polimento. O trabalho diário é importante para aumentar a vida útil dos veículos elétricos, preservar a segurança dos passageiros e manter a qualidade do serviço. Os cuidados preventivos são necessários, pois a maior parte dos bondes tem data de fabricação superior a 50 anos.
Especialmente nas segundas-feiras, quando a linha turística não funciona, o bonde é reservado para passar por manutenção corretiva planejada. Ou seja, substituição de alguma peça comprometida ou execução de trabalhos mais complexos, que não podem ser realizados quando o veículo está em circulação. Também a cada 15 dias os funcionários inspecionam a rede aérea de energia e os trilhos, para que não ocorra nenhum problema durante o trajeto.
Qualificação
Dez funcionários da prefeitura e CET fazem parte da equipe, única no país qualificada para restaurar e cuidar da manutenção dos bondes, com a experiência acumulada na antiga CSTC. O primeiro modelo foi um bonde aberto que ficava em frente ao Orquidário como atração turística. Hoje ele circula no Centro Histórico, resultado do conhecimento da equipe de mecânicos, eletricistas, carpinteiros, funileiros, pintores e engenheiros.
Segundo o encarregado de manutenção veicular, José Luiz de Alvarenga, o empenho e determinação desses técnicos são responsáveis por fazer do bonde o grande potencial turístico da cidade".
O mecânico Antonio Carlos descreve seu serviço como "minucioso". "Encontramos desafios todos os dias, pois os bondes são máquinas centenárias que exigem criatividade de quem executa os trabalhos".
Atualmente, são quatro exemplares de bondes e um reboque na linha, que funciona de terça-feira a domingo, das 11h às 17h, passando, por exemplo, pela Igreja do Valongo, Teatro Coliseu, Outeiro de Santa Catarina (marco de fundação de Santos) e Convento do Carmo.