2ª festa da tradição nordestina atrai grande público
O frio e a chuva fina não espantaram o público que lotou o Jardim Botânico no fim de semana, para prestigiar a 2ª Festa da Tradição Nordestina de Santos, aberta na última sexta-feira. Concentradas principalmente na área dos shows, centenas de pessoas dançaram forró e se divertiram assistindo à apresentação de quadrilhas. Na sábado, as atrações foram Senadias dos Teclados, Dario e Callegari, Lambadão Estilus e o grupo Retalho Nordestino, que chegou a fazer uma competição para eleger os melhores dançarinos da noite. No domingo, as atenções se voltaram para o KLB do Forró, além de Forroxote e Jeovani Oliveira dos Teclados. Antes e depois dos shows, todos puderam apreciar pratos típicos da culinária nordestina, como caldo de mocotó, galo, galinha de cabidela, buchada e sarapatel, entre muitos outros. Entre as atrações que celebram a cultura da região, um dos itens que mais impressionou os visitantes foi o boneco de Frei Damião, exposto em uma sala decorada como o local em que ele viveu, onde também é possível adquirir medalhas e lembranças do frei. Já durante o dia, quem mais se divertiu foram as crianças, participando de oficinas de maquiagem, desenho e pintura e brincadeiras. Na abertura da festa, no final da tarde de sexta-feira, elas não saíram de perto dos atores que representavam Lampião e Maria Bonita. A 2ª Festa da Tradição Nordestina acontece até 22 próximo, no Jardim Botânico Chico Mendes (Rua João Fraccaroli s/nº, na Zona Noroeste), sempre as sextas, das 18 horas à meia-noite, e aos sábados e domingos, das 12 horas à meia-noite. O evento é realizado pelo Departamento de Assuntos Comunitários da Zona Noroeste (Deac/ZNo), da Secretaria de Governo (SGO), em parceria com o Centro de Tradições Nordestinas de São Paulo e conta com o apoio das rádios Cultura AM/FM de Santos e Atual AM/FM de São Paulo. ACARAJÉ Logo na entrada do Jardim Botânico, uma autêntica baiana, vestida a caráter, atrai os visitantes com o aroma de seu acarajé. É dona Orlanda Souza Ramos, que chegou de Ilhéus em 1969 e há cinco anos vive exclusivamente de comercializar a iguaria, que antes fazia apenas para conhecidos, sob encomenda. Isso aqui, mas lá na Bahia eu já saía pelas ruas com o tabuleiro aos 11 anos de idade, lembra. Para ela, que não consegue sequer calcular quantas unidades vende a cada noite, essa é sua verdadeira vocação. Eu até trabalhei em empresa, mas meu ramo não é esse. Quer me ver bem mesmo é pedir pra eu fazer acarajé, resume.