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Moradores de rua encenam plínio marcos

Publicado: 26 de junho de 2001
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O resgate da dignidade humana, da justiça social e da solidariedade. Esse o objetivo da Secretaria de Cultura (Secult), com o apoio da Secretaria de Ação Comunitária (Seac) ao montar a peça Homens de papel, do dramaturgo santista Plínio Marcos, toda realizada com a população de rua de Santos. Esse trabalho, que foi concebido e é coordenado pelo ator Zéllus Machado, vem sendo produzido com 15 moradores de rua e dos albergues da Seac, que a partir do texto de Plínio desenvolvem a sensibilidade artística. A peça, dirigida por Maria Tornatori, mostra a realidade sofrida dos catadores de papel, sua luta pela sobrevivência. Arlindo Roberto Caetano, desempregado, e um dos atores, diz que se identificou com o texto da peça por já ter passado por situações idênticas às vividas pelo seu personagem. Já fui catador de papel e passei por tudo isso que a peça fala. Para Zéllus, após um mês de ensaios, a mudança de comportamento dos atores é nítida. Todos eles estão se entregando e, o melhor, se integrando com esse trabalho. Muitos pararam de beber, portanto o teatro abriu para eles novas perspectivas. O psicólogo da Seac, Armando de Freitas Pinho, acrescenta que esse projeto está sendo muito importante para os moradores de rua, pois eles já perceberam que se dedicando ao teatro eles podem melhorar sua condição de vida, aprendendo a se organizar para poder morar numa casa. A apresentação do espetáculo Homens de papel está prevista para o mês de setembro, no Teatro Municipal Brás Cubas, dentro do Festival Santista de Teatro Amador (Festa). Os ensaios são realizados três vezes por semana, às 3ª, 6ª e sábados, das 13 às 18h, na Igreja do Valongo.