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Cet atua quase 48 horas seguidas para minimizar transtornos ao trânsito

Publicado: 18 de dezembro de 2000
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Desde a tarde de Sábado (16), quando começou a chover forte em toda a região, até o final do dia de ontem (18), as equipes da CET, entre operadores de tráfego, funcionários da central de controle operacional, gerentes, chefes de departamentos, além dos diretores, trabalharam intensamente por quase 48 horas seguidas, na missão de ajudar centenas de motoristas nos locais onde as vias ficaram cobertas pela água, nas ruas dos morros, e até a salvar um motorista de afogamento na Zona Noroeste (leia matéria abaixo). Foram mobilizadas nesse trabalho mais de 40 pessoas da empresa, que colocou nas ruas cinco veículos de grande porte (guinchos, caminhões), dez viaturas e 17 motos. O telefone 194, durante todo o final de semana e ontem, recebeu mais de 1 mil ligações, entre pedidos de orientação de vias, ajuda a carros quebrados, semáforos apagados por pane, entre outros. No sábado e domingo, as alternativas de desvio do trânsito eram poucas, já que os principais acessos e saídas da Cidade estavam comprometidos. Na Av. Martins Fontes, em razão de deslizamentos de terra do morro, a via ficou coberta de lama, obrigando a CET, por volta de meia-noite, a implantar pista reversível num sistema de comboio, ou seja, uma viatura da CET levava o trânsito em velocidade baixa até local seguro da via, e em seguida, fazia o mesmo com a fila do sentido contrário. Esse esquema perdurou até depois do meio-dia de domingo. Em alguns mimentos, o pessoal da CET pegou em vassouras para ajudar a limpar a lama da pista. MARCO ANTONIO SALVOU UMA VIDA Desse dia, Marco Antônio Mendes, 38 anos, não vai esquecer nunca mais. No sábado à noite, ele estava operando o trânsito no cruzamento das avenidas Nossa Senhora de Fátima x Martins Fontes, junto ao Posto Marilu. "A uma hora da madrugada, alguns munícipes me chamaram dizendo que um carro havia caído no canal próximo do Ciro Atacadista. Os bombeiros foram acionados, mas não pude esperar, porque as pessoas estavam desesperadas. Corri para lá e vi o veículo submergindo, me joguei na água, não se via nada, fui nadando". Marco continua, emocionado: "Só a parte traseira estava de fora. As portas estavam trancadas. Com a minha bota chutei o vidro de trás para quebrá-lo, não consegui. Aí jogaram um pedaço de madeira e só assim quebrei o vidro. Puxei o motorista pra fora, ele já estava sem cinto, e logo o colocamos na margem, a salvo, graças a Deus". Ao chegarem, os bombeiros mergulharam no canal para verificar se haviam mais pessoas no interior do veículo, o que não foi constatado". Marco Antônio cortou a mão direita no vidro do carro, mas isso, ontem, não tinha a menor importância: "Gosto muito do meu trabalho, tenho orgulho dele e dos companheiros que, como eu, estão nas ruas, com sol ou com chuva, para ajudar as pessoas".