Grupo em Santos se reúne para alongamento, meditação e combate ao estresse

Um intervalo de uma hora na correria do dia a dia para se alongar e sentir cada parte do corpo, da sola dos pés ao couro cabeludo. Como resultado dessa pausa, alívio na ansiedade e um auxílio no combate à depressão.

Pensando nesses benefícios, foi criado o grupo Conexão Corpo e Mente, que se reúne às quartas-feiras, das 8h30 às 9h30, na Ação de Recuperação Social (ARS), na Rua Manoel Barbosa da Silveira, 239 (Saboó).

Os interessados em participar das atividades não precisam fazer inscrição. A única orientação é ir de calçado fechado e roupa confortável. Não há restrição de idade.

As atividades começam pelas orientações de uma das coordenadoras da atividade, a professora de Educação Física Juliana Camargo da Silva, do Núcleo Ampliado de Saúde da Família, da Secretaria de Saúde. Os alunos iniciam o processo soltando as pernas, mexendo levemente os braços e girando, lentamente, a cabeça para os dois lados. Ela pede atenção especial à respiração. Na sala do espaço cedido pela ARS, ouve-se somente uma relaxante música, em volume bem baixo, e os comandos da professora.

Na segunda parte do encontro, os alunos estão sentados com os olhos fechados. Também coordenador do grupo, o farmacêutico Rogério Nepomuceno Kreidel, que atua na Policlínica Valongo, pede para que cada participante vá sentindo todas as partes do corpo, começando pelas solas dos pés. A respiração tem que ser profunda, provocando o relaxamento total. "Vamos soltando o ar bem devagar, e pensando nas três coisas pelas quais somos gratos e porque somos gratos. Não há certo ou errado. Vamos deixar a mente livre, percebendo o que vem e o que vai pela mente", pede ele.

Segundo explica Kreidel, cada pessoa vai apresentando um grau diferente de concentração nas atividades. "O importante é que ela vá se conhecendo melhor, e isso ajuda a diminuir a ansiedade. Algumas sentem coceira em uma parte do corpo, outras podem sentir um formigamento".

RELAXAMENTO

A dona de casa Vilma Moreira Xavier, 69 anos, moradora do Saboó, participava das atividades do grupo na manhã desta quarta-feira (15). "Saio daqui relaxada. Pena que não temos essa atividade todos os dias. Às vezes sinto dores e cansaço quando estou em casa, mas quando venho aqui, volto para casa sem dor".

Outra entusiasta do grupo é a cozinheira Delfina Antonio Pereira, 59, também do Saboó. "Com as atividades que faço aqui, sinto que minha ansiedade tem diminuído. A professora Juliana tem me colocado em ordem", brinca. Na parte da meditação, Delfina conta que os pensamentos ficam em pingue-pongue entre os do passado e os do presente. Depois da aula de quarta-feira, ela ainda levou folhas com fotos de exercícios para tentar fazer de casa.