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Programa Rede de Família reúne profissionais para atendimento integral

Publicado: 22 de agosto de 2013
16h 12

Zona Noroeste. Ano 2001. Após os sete filhos irem para o acolhimento institucional, um casal do Dique da Vila Gilda em situação de vulnerabilidade social recebe apoio integrado de técnicos da prefeitura, dos conselhos tutelares e de ONGs, que conseguem reverter a situação. Este foi o primeiro caso de remissão da cidade e o ponto de partida do Programa Municipal Rede Família, com substituição do atendimento individualizado pelo trabalho em rede, nas situações avaliadas como mais complexas.

Inserido na Lei Orgânica do Município em 2004, e regulamentado pelos respectivos conselhos das áreas envolvidas, o programa é considerado uma tecnologia social. O trabalho - hoje ampliado para toda a cidade - consiste em reuniões periódicas de técnicos, principalmente das secretarias de Saúde, Assistência Social e Educação, para discussão, reflexão e tomada de providências necessárias ao atendimento integral às famílias.

Segundo um dos coordenadores do programa, Daniel Gomes Araújo, do Departamento de Articulação, ligado ao gabinete, o problema costuma despontar nas escolas, com evasão e mudanças de comportamento dos alunos, o que é percebido por professores e equipe técnica. “Quando o problema extrapola os muros da escola é preciso articular uma rede porque isso significa só uma ponta do iceberg”.

Casos

Atualmente são cerca de 200 casos de família. Um deles é o de Larissa Viviane Nunes Silva, de 13 anos, que encontrou na rede o apoio para continuar a estudar. Deficiente física com mobilidade limitada e problemas de visão, foi transferida para a Ume Edméa Ladevig, unidade com rampa de acesso até a sala de aula, apoio de uma professora auxiliar para ditar o que está escrito na lousa, um notebook que facilita a realização das atividades e o transporte inclusivo diário. “Estou muito feliz porque gosto de ir à escola. Agora está bem mais fácil e consigo ver meus amigos”, disse a jovem.

Seu caso envolveu o Centro de Referência da Assistência Social do Centro, Centro de Referência Especializado da Assistência Social e Central de Vagas da Secretaria de Educação, visitas à família, que também foi assistida pela unidade Básica de Saúde do Campo Grande. “Eu e a avó dela recebemos atendimento em casa porque possuo dificuldade para andar. Agora nossa vida está organizada e eu fico menos preocupada com minha filha”, disse a mãe Rita de Cássia Nunes.

Projeto Piloto

Há três anos o Rede Família realiza um trabalho em rede, articulado entre município e estado: a terapia comunitária integrativa na Escola Estadual Zulmira Campos, onde uma vez por semana alunos e professores, com os técnicos responsáveis, trocam ideias e refletem sobre valores. Com a melhora do relacionamento interpessoal dos alunos, a experiência será apresentada no 7º Congresso de Terapia Comunitária, na Paraíba, em setembro, pelas coordenadoras Sandra Machado, Adelaide Ferreira e Rosani Vieira, com o objetivo de ser replicada em outras escolas da cidade.