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Escolas municipais em Santos garantem ensino remoto a 27 mil alunos

Publicado: 28 de abril de 2021 - 14h03

COMO É O FUNCIONAMENTO

 

"O material impresso, entregue pela escola, e os grupos de WhatsApp são a garantia de que minha filha vai ter acesso ao ensino". Essa é afirmação de Marcela Scarante, funcionária pública e mãe da Clara Luna, que cursa o primeiro ano do ensino fundamental da escola Vinte e Oito de Fevereiro, no Saboó.

O ensino remoto foi a maneira encontrada pela rede municipal para que não houvesse interrupção no atendimento aos mais de 27 mil alunos matriculados. Cada unidade teve a autonomia de definir como usar as redes sociais e os aplicativos de aulas on-line e puderam definir de que forma entregar materiais impressos para os alunos que não têm acesso à internet e ao Portal da Educação, que oferece atividades quinzenalmente.

Na escola Vinte e Oito de Fevereiro, a direção decidiu que os 982 alunos deveriam receber o material impresso, produzido pelos professores. "Uma tarefa muito importante, que conta com o envolvimento de todos, inclusive na montagem dos kits de atividades, que são entregues quinzenalmente para os pais, na própria unidade", explica Luciane Ladislau, diretora da escola.

HÁ UM ANO

A entrega do material foi iniciada em 28 de maio de 2020, pouco depois da interrupção das atividades presenciais causadas pela pandemia do novo coronavírus, e o procedimento nunca foi interrompido. A escola atende em três períodos, do 1° ao 9° ano do ensino fundamental (I e II) e EJA – Educação de Jovens e Adultos. No total, são 142 profissionais, entre professores e funcionários, e todos estão envolvidos no processo de produção, impressão e montagem dos kits com atividades para os alunos. Cada professor vai até a escola imprimir seu conteúdo e entrega aos funcionários, que montam os kits com as atividades. Os alunos de inclusão recebem atividades diferenciadas, assim como os estudantes com déficit de aprendizagem.

COMO FUNCIONA


Os pais dos alunos, ou os próprios alunos (os mais velhos), buscam as atividades na escola e entregam 15 dias depois para que sejam corrigidas pelos professores. Para melhor organização, existem caixas de papelão, com o nome de cada professor, para que sejam colocadas as atividades que chegam à escola, depois que o material passa sete dias armazenado em um carrinho de supermercado, atendendo à orientação das autoridades de saúde para que não haja contágio por meio do material impresso que volta da casa dos alunos.

Todo o contato com os alunos, assim como aulas e vídeos e áudios dos professores, são enviados por grupos de WhatsApp, meio que melhor se adaptou para ser usado por todos, por ser um app barato (e até gratuito) e que não usa os dados da internet das famílias.

A professora do primeiro ano, Simone Diogo, explica que, no início, houve um pouco mais de dificuldade para que os pais entendessem a importância de retirar o material e levar as atividades preenchidas de volta, para que houvesse a correção, mas, com a continuidade da pandemia, a adesão tem sido cada vez maior. "Pelo WhatsApp, quem não consegue acompanhar a aula no momento em que ela está ocorrendo, pode acessar os conteúdos em qualquer horário, porque todas as atividades e vídeos ficam disponíveis para acesso", complementa a educadora.

 

Galeria de Imagens

Mulher está de costas para a imagem segurando papeis ao mesmo tempo que outra mulher sentada atrás de mesa. #paratodosverem
Pessoas usando máscara conversam entre mesas. Um homem recolhe material impresso. #paratodosverem
homem segurando termômetro mede temperatura de mulher que chega à escola. #paratodosverem
mulher segura papéis próximo a várias caixas de papelão. #paratodosverem
Painel afixado em parede onde se lê no topo: Não estamos tão longe. Há várias fotos de alunos estudando em casa. #paratodosverem