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Novo inseticida contra o Aedes será aplicado na Ponta da Praia

Publicado: 17 de julho de 2020 - 13h36

Em virtude da confirmação de dois casos positivos de chikungunya na Ponta da Praia, alguns imóveis do bairro receberão inseticida nesta segunda-feira (20), a partir das 9h. Eles ficam no entorno da residência de duas pessoas da mesma família que testaram positivo para a doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue, zika e febre amarela urbana.

Em caso de mau tempo, a ação será transferida para outra data. Partindo da Praça Engenheiro José Rebouças, o inseticida será aplicado nos imóveis localizados nas três quadras mais próximas, compreendendo a Avenida Fernando Costa, Rua Vereador Henrique Soler, Rua Amélia de Leuchtemberg, Rua André Rebouças, Rua Venâncio José Lisboa e Rua Maria Máximo.

Os moradores dessas localidades já foram orientados sobre nebulização pela equipe de Informação, Educação e Comunicação (IEC), da Secretaria de Saúde, durante mutirão realizado no bairro na última quarta-feira (15). Aliás, os imóveis que serão nebulizados já foram vistoriados e eventuais situações com acúmulo de água e focos com larvas eliminados, cumprindo, assim, a primeira parte do protocolo de aplicação de inseticida.

“O bloqueio com inseticida é a estratégia adotada pela Secretaria de Saúde de Santos em bairros onde foram confirmados casos de chikungunya. Ao combater o mosquito na fase adulta, em que ele está transmitindo a doença, esperamos conter a circulação do vírus”, explica Leticia Schleder, chefe da Seção de Controle de Vetores.

NOVO INSETICIDA

Nesta nebulização, a Prefeitura de Santos utilizará pela primeira vez o inseticida Cielo, encaminhado pelo Ministério da Saúde em substituição ao Malathion. O Ministério da Saúde avalia a eficácia dos inseticidas constantemente e os substitui sempre que necessário. O Município é a primeira cidade da Baixada Santista a contar com o novo produto, que tem como princípios ativos a imidacloprida e a praletrina.

No último dia 9, doze agentes de combate a endemias da Cidade foram capacitados pela Superintendência de Controle de Endemias do Governo do Estado de São Paulo (Sucen) para utilizar a substância.

A Sucen também supervisionará a nebulização na Ponta da Praia. Um representante da empresa fabricante do inseticida Cielo, que participou junto ao Ministério da Saúde dos testes de liberação e aprovação do produto, também estará presente.

CUIDADOS E ORIENTAÇÕES

Diferentemente do inseticida anterior, o Cielo deve ser aplicado diretamente nas superfícies (o Malathion tinha aplicação aérea e o produto atingia a área de abrangência conforme caía). Todos os agentes nebulizadores atuarão devidamente paramentados, com roupa hidrorrepelente (apropriada para nebulização), máscara, luvas nitrílicas e botas.

A nebulização é realizada apenas em áreas abertas como quintais, corredores e pátios. Todas as pessoas devem sair do local e só devem retornar meia hora depois de terminada a aplicação do inseticida. Roupas devem ser tiradas do varal previamente. Alimentos, bebedouros e comedouros de animais devem ser guardados. Animais de estimação também não devem ser expostos à pulverização. Portas e janelas devem permanecer abertas.

Vale lembrar que a aplicação de inseticida é uma estratégia adotada a partir de protocolos, não havendo qualquer indicação para uso indiscriminado.

CASOS

Com relação às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, Santos confirmou 98 casos de dengue e nove de chikungunya em 2020. Não há registro de zika neste ano. Já a febre amarela urbana não é registrada no Brasil desde a década de 1940.

Foto: Isabela Carrari