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Festival Nacional do Choro começa com casa lotada, homenagens e muita música

Publicado: 21 de abril de 2016
14h 23

Casa lotada, clima de amigos, lançamento de livro, exposição de arte, degustação da caipirinha Bataclan, especialmente criada para o evento, e, claro, muita música. O início do 1º Festival Nacional do Choro de Santos, às 12h desta quinta (21), deu o tom que vai predominar na cidade até domingo (24), com muitas atividades para crianças, jovens e adultos. A abertura oficial será às 21h de hoje, no Teatro Guarany (Praça dos Andradas, Centro Histórico), com Agnaldo Luz & Conjunto, e Luizinho 7 Cordas, 70 anos, o homenageado desta edição.

Amanhã (sexta, 22), haverá oficinas musicais, das 10h às 13h e das 14h às 17h, no Clube do Choro (Bulevar da Rua XV de Novembro, 68), com Luizinho 7 Cordas, e Agnaldo Luz (bandolim) e Gustavo Cândido (cavaquinho), respectivamente. O chef Rodrigo Anunciato coordena a Oficina de Caipirinha, das 17h às 19h, no Estação Bistrô Restaurante-escola (Largo Marquês de Monte Alegre, 1 Valongo). No palco do bulevar com a Rua do Comércio, apresenta-se às 18h o Grupo Aqui tem Choro e, duas horas depois, Izaías do Bandolim e Seus Chorões. 

ARTE E LITERATURA EM DESTAQUE

Utilizando várias técnicas, 24 alunos do Curso de Produção Multimídia da Unisanta mostraram criatividade e talento nos trabalhos da exposição ‘Design Choro & Caipirinha: Forma-Sensações bem misturadas’, aberta hoje (21).

A professora Márcia Okida, também curadora da mostra e expositora, ressaltou a variedade de interpretações dos sabores da caiprinha e da sonoridade do chorinho. “Com base nas linguagens gráfica e estética do design, as cores e formas são traduzidas em sensações que identificam como cada artista interpretou o tema, seja na forma literal, caricata, simbólica, realista ou surreal”.

A escritora Thaís Matarazzo, autora do livro ‘Vamos falar de Santos’, lançado esta tarde, encontrou na cidade um bom motivo para se aprofundar em história, seu tema preferido, e na música popular brasileira, que ouvia com a avó paterna, desde pequena. “As crianças da minha idade gostavam da Xuxa e eu, da Carmen Miranda”, conta essa filha de imigrantes italianos, que chegaram ao Brasil pelo porto de Santos. “Minha paixão é a música, principalmente o choro”.

PARAÍBA E BATACLAN

Luilson Gomes chegou para o início da programação do festival vestindo a camiseta da associação musical santista e, nas mãos, sua carteirinha de sócio nº 2 do Clube do Choro da Paraíba, que exibia orgulhoso. Ele chegou há três dias de João Pessoa e vai participar de todas as atividades. “Não podia perder esta festa, que honra nossas origens musicais”, afirmou o músico, que toca todos os instrumentos de percussão. 

A caipirinha Bataclan, invenção do chargista e professor Alexandre Barbosa, o Bar, fez sucesso com a mistura inusitada de cravo e canela. O nome é uma homenagem a Marco Antônio Batan, publicitário falecido no ano passado, um entusiasta da cultura brasileira. “Pensei na brasileiríssima Gabriela, Cravo e Canela, obra de Jorge Amado que destaca um bar de nome Bataclan”, explicou, enquanto preparava doses da bebida, para degustação. 

MÚSICA PARA TODOS

Os irmãos Guilherme Luiz, no cavaquinho, e Gabriel Antônio, no vioção 7 cordas, eram os mais jovens chorões da apresentação de abertura do I Festival Nacional do Choro de Santos. Eles começaram a tocar instrumentos há cerca de seis anos, na Escola do Choro, criada em 2011 graças a uma parceria do clube santista com a Prefeitura. “Nosso pai e nosso irmãos mais velho gostam muito de chorinho”, diz Guilherme. Os irmãos dedicam-se à música. “Agora a gente vive tocando por aí”.