Carros antigos viram atração na feira Centro com Arte
Eram 30 modelos diferentes, capazes de satisfazer todos os gostos: do Fusca e Passat, mais conhecidos, até Studebacker, Mercedes e Rolls-Royce, raridades que surpreenderam o público. A exposição de carros antigos fez sucesso, hoje (18), durante a Centro com Arte, a feira de arte, artesanato e antiguidades da Praça Mauá. Além do Clube dos Antomóveis Antigos de Santos, também participaram filiados ao Clube do Chevrolet, da capital.
Os veículos atraíram também a atenção de alunos da Escola Oficina de Artes, que foram ao Centro Histórico para fotografar. “Íamos para outro lugar, mas vimos esses carros e aproveitamos a oportunidade”, comentou o professor Renato Breyer, enquanto orientava a modelo. Priscila Oliveira retratou a filha Giovanna, de 11 anos, em quase todos os veículos. “Estou mandando para meu filho, que ficou em casa”, comentou, dizendo-se “apaixonada por carros antigos”.
O fotógrafo Leandro Ayres fez sucesso com as roupas antigas que colocou à disposição dos interessados para criar um visual de época, na imagem com efeito sépiam registrada junto aos carros antigos. Ele promete montar sua tenda, com roupas e adereços, toda vez que houver veículos de colenionadores na praça.
O projetista e desenvolvedor de produtos de plástico Paulo Lopes veio de Mauá em um MP Lafer 1975, mas dizia que o carro com o qual costuma viajar com a família é um Ford 29, de sua coleção. “Uma vez rodamos 1.650 quilômetros com ele”, afirmou. Com apenas quatro modelos iguais no Brasil, o Chrysler 300, de 1968, na cor verde água original, e o Rolls-Royce Corniche, de 1973, foram os campeões de fotos.
Seriado de TV - “Este era o carro utilizado pelo Casal 20 no seriado da tv e tem até a foto do Rolls-Royce na portaria do condomínio utilizado nas filmagens, na Califórnia”, explicou Alberto Zogaib, enquanto alertava um rapaz para não se apoiar na raridade, avaliada em R$ 400 mil e importada dos Estados Unidos. Casal 20 foi uma série de sucesso nos anos 1970, estrelada por Robert Wagner e Stefanie Powers.
Dono de 21 carros antigos, Pedro Ramiro diz que a marca Chrysler é a sua paixão, herdada do pai. “Cresci dentro de um Chrysler”, comentou, adiantando seu interesse em aumentar a coleção. “A gente nunca está realizado. Mas é preciso juntar o sonho com o poder aquisitivo”. Se desfazer de um carro atual para comprar outro, nem pensar. “Colecionador passa fome, mas não vende.” A feira de artesanato contou com a apresentação dos músicos Diego Alensikas e Luis Coxa, com repertório popular brasileiro.
Foto: Helena Silva