Revitalizado, Centro vive expansão e mira futuro promissor
Em processo de revitalização, o Centro Histórico, berço do nascimento de Santos, comemora nesta terça-feira (16) mais um aniversário. A data foi instituída pela lei 1.891, de 2000, quando começou o processo de recuperação da região central, também formada pelo Valongo, Vila Nova, Paquetá, Vila Mathias e o Bairro Chinês. Um dos responsáveis pela nova vida à região, a linha turística do bonde atingiu este ano a marca de 1 milhão de passageiros.
O empresário Mauro Sérgio Liguori, dono do Café Mauá, decidiu há quatro anos apostar no Centro ao reformar um imóvel na Praça Mauá. "Valeu a pena acreditar na revitalização, porque a região recebe muitos turistas interessados no passeio de bonde e demais atrativos".
Estabelecimentos tradicionais apontam a nova fase. É o caso do Café Carioca, instalado na Praça Mauá há 72 anos. "Depois que o bonde começou a circular, o Centro passou a receber muita gente, principalmente nos finais de semana", diz Marcelo Mineiro da Costa, um dos sócios.
De acordo com a Sefin (Secretaria de Finanças), até junho deste ano foram abertas 182 empresas na área central, com destaque para o setor de serviços (escritórios de atividades portuárias) e entretenimento (bares e casas noturnas).
O projeto de revitalização, o Alegra Centro, ganhou novo impulso com a construção do Museu Pelé nas ruínas do Valongo e agora com o lançamento da obra sede da Unidade de Negócios da Petrobras, no Valongo, que terá três torres para cerca de 6 mil funcionários.
A reforma do prédio da Câmara Municipal, na antiga sede dos Bombeiros, é outro bom exemplo. E com relação à segurança, em junho, a prefeitura e a Petrobras anunciaram parceira para instalação de câmeras na área central, com monitoramento 24 horas.
É na Praça Mauá que fica o marco zero da cidade, monumento que demarca o início da moderna expansão de Santos. O bairro tem área de 775.306 m² e conta com infraestrutura e equipamentos públicos, como Centro Público de Emprego e Trabalho, Lavanderia Comunitária, Paço Municipal e Outeiro Santa Catarina, sede atual da Fams (Fundação Arquivo e Memória de Santos). Foi nas imediações do Outeiro que, segundo historiadores, começou o processo de povoamento da cidade.