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Seminário discute a importância de notificar os acidentes de trabalho

Publicado: 18 de novembro de 2009
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No Brasil, são registrados, por minuto, seis acidentes de trabalho. A cada duas horas, três pessoas morrem no exercício da função e outras oito ficam incapacitadas permanentemente para a atividade profissional. Esses números, que têm como fonte o INSS, podem ser bem maiores, uma vez que em algumas regiões do país, segundo o IBGE, apenas um terço da população tem carteira assinada. A importância da notificação dos casos pelos serviços de saúde, sindicatos de classe e pela comunidade em geral foi ressaltada ontem (quarta 18) pelo médico sanitarista José Carlos do Carmo, durante o seminário Acidentes de Trabalho: notificar, investigar, prevenir, realizado pela SMS (Secretaria de Saúde), no auditório da Unip (Universidade Paulista), Vila Mathias. "Nós temos que nos antecipar ao risco e isso só conseguimos com um mapeamento dos fatores de risco. Não dá para fazer saúde do trabalhador sem termos esses dados analisados", disse o médico do Cerest-SP (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador). Outro conceito que deve ser mudado, na visão de Carmo, é o velho hábito de responsabilizar a vítima pelo acidente. "Os acidentes são consequência de um sistema que falhou", garante. Para o diretor regional do Sindicato dos Energéticos do Estado de SP, Hamilton Correa, encontros como este, que reúnem o poder público, a iniciativa privada e os trabalhadores são de extrema importância para fortalecer a prevenção. "Dizemos no sindicato que o melhor seria não ter que notificar", ou seja, que o acidente não ocorresse. O encontro contou ainda com palestras de Simone Alves dos Santos, diretora-técnica de Serviços de Saúde da Secretaria de Estado da Saúde; Rodolfo Andrade Vilela, engenheiro especialista em Saúde do Trabalhador; e do psicólogo Marcelo Vilhanueva, do Cerest-Santos.