Seu navegador não possui suporte para JavaScript o que impede a página de funcionar de forma correta.
Conteúdo
Notícias

Centro de defesa da cidadania completa dois anos a serviço do cidadão

Publicado: 21 de maio de 2009
0h 00

Wagner se inscreveu em curso de capacitação para deficientes e está inserido no mercado de trabalho. Silvana reivindicou seus direitos como consumidora. Dione conseguiu a guarda de sua filha de 17 anos. Viviane teve informações sobre anemia falciforme em negros para trabalho universitário. Motivos diferentes levaram esses quatro munícipes a um mesmo local: o Centro de Defesa da Cidadania, que completa dois anos domingo (24), disponibilizando serviços voltados à orientação, defesa e conscientização da população. Local de referência para os munícipes, situado na Avenida Campos Sales, 128, Vila Mathias, funciona de segunda a sexta-feira e concentra três coordenadorias e um departamento ligados à Seajur (Secretaria de Assuntos Jurídicos): Cadoj (Assistência Judiciária Gratuita e Orientação Jurídica ao Cidadão – 2º andar), Cidoc (Departamento de Informação, Defesa e Orientação ao Consumidor - 3º e 4º andares), Code (Defesa de Políticas para Pessoas com Deficiência - 1º andar) e Copire (Promoção da Igualdade Racial e Étnica – 1º andar). Em dois anos, a Cadoj teve como maior demanda casos de pensão alimentícia (716), seguida de separação judicial (309), guarda/curatela (317), execução de pensão alimentícia (287) e despejo (208). De janeiro a abril deste ano foram 945 atendimentos e, em 2008, 2.318. Entre esses está o caso de Dione Costa Valenzuela, 42 anos. Sem condições de contratar um advogado, ela procurou a Cadoj. "Recebi carta do juiz dizendo que eu tinha 24 horas para arrumar um advogado, caso contrário perderia a guarda da minha filha. Fui à Cadoj e me encaminharam para um advogado. Foi mais rápido do que pensei. Achei que fosse demorar meses por ser gratuito. Em pouco tempo, já estava tudo resolvido", conta ela. Promover a inclusão social e garantir a acessibilidade para pessoas com deficiência é o que visa a Code. A coordenadoria cadastra currículos – hoje há 800 cadastros, dos quais 300 deficientes atuam no mercado formal - e promove cursos de capacitação, como auxiliar administrativo, portaria, governança de hotel, rotinas administrativas e almoxarife, já realizados por cerca de 100 pessoas. Com currículo cadastrado, Wagner de Jesus Alcântara, 37 anos, conseguiu, há cinco meses, emprego como sinaleiro em uma construtora. "Está abrindo muito mercado para os deficientes. É um incentivo e levanta a autoestima", diz ele, que fará curso de auxiliar administrativo. "Quero me atualizar e ter mais oportunidade". O setor ainda participa de palestras em universidades e entidades, audiências públicas e dá assistência ao Ministério Público do Trabalho. Também encaminha munícipes, quando necessário, para serviços de saúde e serviço social. Informações sobre direitos do consumidor e sua conciliação com fornecedores são prestadas no Cidoc. Silvana Aparecida Pedroso, 40 anos, e o marido, Luiz Carlos, de 38, procuraram o órgão pela segunda vez para solucionar um problema de telefonia. "Depois que acionei o Cidoc tudo foi resolvido", disse Silvana. De 2008 até abril deste ano, o setor realizou 8.770 atendimentos, a maioria relacionada à telefonia, cartão de crédito e compra de produtos elétricos e eletrônicos. Visando promover a igualdade racial e étnica, a Copire realiza atividades e eventos envolvendo as comunidades negra, cigana, judaica e árabe, além de religiões de matrizes africanas. A estudante do curso de serviço social, Viviane Cunha, 26 anos, que precisava de informações sobre o impacto da anemia falciforme na vida profissional de pessoas negras, para trabalho de conclusão de curso, encontrou as respostas que precisava na Copire. "Forneceram material e me encaminharam para profissionais da saúde. Ajudou bastante". Outras informações: 3202-1900 (Cadoj), 3202-1899 (Cidoc), 3202-1880 (Code) e 3202-1890 (Copire).