Munícipes recebem orientação sobre doenças do trabalho

Técnicos da Sevrest (Seção de Vigilância e Referência em Saúde do Trabalhador), da SMS (Secretaria de Saúde), e alunos e professores do curso de Terapia Ocupacional da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) prestaram orientação a munícipes, nesta sexta (8), na Praça Mauá (Centro Histórico), sobre as doenças relacionadas ao trabalho e suas formas de prevenção. Após avaliação, os casos considerados de risco à saúde do trabalhador foram encaminhados à Sevrest para acompanhamento. A professora do curso de Terapia Ocupacional da Unifesp, Maria do Carmo Alencar, afirma que a empresa também deve se preocupar com a saúde do trabalhador. "A empresa também tem o seu papel. Ela deve promover as condições necessárias para a saúde do seu empregado". O conferente de carga Osvaldo Soares da Silva, de 44 anos, participou da ação. Ele precisa carregar peso no trabalho e desconhecia as formas corretas para não causar lesões. "Sinto muita dor e já cheguei a travar a coluna, mas não procurava tratamento". A falta de informação e de cuidados provocou uma hérnia de disco e ele está afastado do trabalho há seis meses: "É preciso dar atenção às dores e procurar auxílio médico. Se eu tivesse feito isso no começo a minha situação não teria se agravado tanto". Outro munícipe que aproveitou para tirar dúvidas foi o auxiliar técnico Cristiano dos Santos, de 29 anos. Há alguns dias ele sentiu dores após longo período de digitação, mas continuou trabalhando. "Senti dores por dois dias e tomei remédio por conta própria. Se a dor não passasse, eu iria ao médico". Ele acredita que a prevenção às doenças relacionadas ao trabalho deveria ser obrigatória nas empresas. "A empresa tem que promover a saúde do trabalhador. Essas doenças prejudicam mesmo e é preciso prevenir. Além disso, um funcionário afastado além de ser um desfalque representa custo para a empresa".