Trajetória de babalorixá é interpretada por vila nova

Com participação de muitas crianças e alas coreografadas, a escola Vila Nova foi a segunda a pisar na passarela, na segunda (23). No samba-enredo ‘Odé Icutiê a Vila tem saudades, hoje é você’, a agremiação de azul, vermelho e branco traduziu a saudade por Vivaldo Pires de Carvalho, o babalorixá que trouxe o candomblé para a região. Em 49 minutos, os 1 mil componentes contaram a trajetória do pai-de-santo, que começou em Salvador, passando pelo Rio, São Paulo e Santos, onde veio a falecer em 2005. O carro abre-alas ‘Tributo a Logun-edé em forma de Colibri’ levou ao público a mensagem deixada pelo babalorixá: Sem sonhos as perdas se tornam insuportáveis. Nunca desista de seus sonhos. Sua vida em Salvador foi mostrada pela garotada nas primeiras alas. Em ‘Minha Infância’, desenhos de peões, pipas, bonecas e ursos enfeitaram as crianças. Na ala ‘Mensageiro’, os pequenos representaram a aproximação de Vivaldo com o candomblé como o menino de recados dos terreiros. Em ‘Capoeira’, muitos adolescentes, entre eles cadeirantes e até uma gestante, garantiram a animação na passarela. O carro ‘Minha Bahia’ foi uma homenagem à terra natal de Vivaldo decorado por pontos turísticos, como Elevador Lacerda e Farol da Barra. A passagem do babalorixá pelo Rio foi apresentada, principalmente, no carro ‘Vai meu Rio’ e nas baianas de azul e branco, que giraram por toda a passarela para destacar o fanatismo de Vivaldo pela Portela. Mas, o que fez o público vibrar foi o último carro alegórico ‘Casa de Candomblé’, que encerrou o desfile de forma luxuosa com vários destaques simbolizando os orixás entre muitas plumas coloridas.