Unidos da zona noroeste fala do ouro negro na passarela do samba
A Unidos da Zona Noroeste foi a última escola a desfilar, já sob a luz do sol, às 6h de segunda-feira (23), na passarela do samba. Mas, com garra e tradição, a agremiação levou quase 1.500 componentes para a avenida, distribuídos em 16 alas e com quatro carros alegóricos. Com o samba-enredo Brasil, o ouro que vem do mar..., em uma alusão às jazidas de petróleo do nosso litoral, a Unidos entusiasmou os foliões que resistiram até o amanhecer. O tema mostrou como o país se desenvolveu por meio do mar e de vários outros fatores. Os compositores foram Mário Gordinho, equipe Galoucura e o grupo Voz da Baixada. Muita cor, adereços e alegorias reforçaram a apresentação da tradicional escola. A bateria também foi destaque, já que seus ritmistas estavam vestidos com macacões laranja do Ogmo, para homenagear os petroleiros. A comissão de frente chamada de Os guardiões do mar precedeu o carro abre-alas, que trazia as divindades místicas e belas jovens fantasiadas de sereias. Apesar de focar mais o petróleo, o tema contou também um pouco das riquezas naturais, inclusive o café, que impulsionam o desenvolvimento do país. O enredo abordou também assuntos como a escravidão, a safra da laranja, alguns personagens de Monteiro Lobato, a exportação de café do Brasil, e a descoberta do Poço de Tupi, no litoral brasileiro. Toda a história foi mostrada de forma descontraída e com muito samba no pé, sob o ritmo da frenética bateria da Unidos.