Câncer de pulmão e garganta tem o cigarro como vilão
Se entre as mulheres o câncer de mama é o mais prevalente, o de pulmão lidera a lista de óbitos por neoplasias entre os homens, em Santos. Segundo dados do SIM (Sistema de Informação sobre Mortalidade), da SMS (Secretaria de Saúde), das 119 mortes registradas no ano passado por esta causa, 77 foram entre o sexo masculino, o que representa 65%. Outros 14 homens morreram vítimas de câncer de laringe, órgão também afetado pelo consumo de cigarro. Durante o ano, o Cempri (Centro Municipal de Prevenção Primária ao Uso de Substâncias Psicoativos) realiza ações em escolas, UBS (Unidades Básicas de Saúde), hospitais e repartições da prefeitura para sensibilizar os funcionários e a população a manter os ambientes coletivos livres do tabaco. A Lei Federal nº 9.294/96 proíbe o fumo em ambientes fechados e de uso coletivo e a Lei Estadual nº 13.016, de maio deste ano, proíbe o fumo nas repartições públicas, sobretudo em estabelecimentos de saúde. Os funcionários municipais receberam o alerta nos holerites deste mês. Além do próprio fumante, o cigarro atinge também quem está próximo a ele, principalmente em locais fechados. O chamado fumante passivo é prejudicado ao inalar a fumaça, que contém substâncias cancerígenas. O fumante traga 4.700 substâncias: 400 delas - muito tóxicas - como nicotina, amônia e benzeno, são despejadas da ponta do cigarro no ambiente. A amônia, por exemplo, sai da ponta do cigarro com concentração 791 vezes maior, já que não passa pelo filtro, como a fumaça que é tragada.