Oficina avalia coleta do quesito raça/cor
Você sabia que algumas doenças, como hipertensão e anemia falciforme, atingem mais a população negra? E que o câncer de pele e a talassemia são mais comuns em pessoas brancas? Para entender melhor as enfermidades que atingem cada raça e planejar as ações de saúde, desde o ano passado é perguntado ao usuário do SUS: Qual é a sua cor, raça, etnia? Dentro desse enfoque, esta semana a SMS (Secretaria de Saúde) está promovendo Oficina de Monitoramento do Quesito Raça/Cor. No encontro, realizado nesta terça (4), na Associação dos Médicos de Santos, a diretora-executiva do Instituto AMMA Psique e Negritude/SP, Jussara Dias, e a assistente social Márcia Giovanetti, do Centro de Referência e Treinamento (CRT-SP), deram dicas de abordagem e realização da coleta, de acordo com as dificuldades apontadas pelos funcionários, em questionário preenchido anteriormente. Também falaram da importância de entender o processo para desenvolver melhor o trabalho. Para a agente comunitária de saúde Lizete Shimabukuro, da UBS do Bom Retiro, a maior dificuldade está na abordagem e no desconhecimento das pessoas a respeito da importância da pesquisa. Ela explica que, no começo, fica constrangida em tocar no assunto porque as pessoas costumam interpretar mal, com preconceito. 'Não há motivo para essa resistência, é preciso acabar com esse preconceito. É apenas pele, por dentro somos todos iguais', completa. A coleta do quesito raça/cor está prevista no Decreto Municipal nº 4.718, de 21 de dezembro de 2006, e envolve as secretarias de Saúde, Assistência Social e Educação, sendo que o funcionário responsável por colher esta informação recebe treinamento especial.