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Mau tempo no domingo não prejudica homenagem aos mortos

Publicado: 3 de novembro de 2008
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A saudade levou milhares de pessoas aos cemitérios santistas no ‘Dia de Finados’, que incluiu orações, muitas velas e flores, bênçãos às campas, missas ou apenas visitas aos túmulos de parentes e amigos. O tempo instável que predominou durante todo o domingo (2), com pancadas de chuva desde o início da manhã, não prejudicou a celebração religiosa nos três cemitérios municipais, que transcorreu sem incidentes, de acordo com a Seseg (Secretaria de Segurança). A vigilância recebeu reforço de guardas municipais, além de viatura da ronda e cães, completada ainda com a presença de PMs. A Sefin (Secretaria de Finanças fiscalizou o comércio de época e a SMS (Secretaria de Saúde) deslocou equipes para orientar sobre a dengue. Luiz Augusto Roso de Mattos, instrutor de canoagem do programa ‘Navega São Paulo’, aproveitou a data para limpar a campa da família, no Cemitério do Paquetá, e nela plantar flores, enquanto Licínio Ventura, procurador da Irmandade de Nossa Senhora do Amparo, que existe desde o século XVIII, dedicou parte da manhã a atualizar dados da listagem dos irmãos ali sepultados. Durante todo o dia, o público lotou as missas realizadas na capela. A praça junto à entrada do Cemitério da Filosofia (Saboó) foi transformada em uma verdadeira feira de flores, com arranjos de todos os tamanhos e preços, e clientes disputados no grito. A jovem Maira de Paula passou todo o dia recolhendo a cera das velas acesas junto à campa de Maria Mercedes Féa, assassinada pelo marido em 1928. Ela ajudava sua avó que, devota de Maria Féa, colabora na manutenção do espaço, cujo gasto gira em torno de R$ 200,00 por mês. "Este ano não deu para pintar o teto e os anjos", confidenciou, torcendo para que a venda da cera pudesse cobrir essa despesa. Equipe da SMS constatou que os comerciantes das barracas em frente ao Cemitério de Areia Branca priorizaram arranjos artificiais, reduzindo os riscos da proliferação do mosquito da dengue. Nesse cemitério, cinco ministros da eucaristia, da Paróquia Santa Margarida Maria, em troca de uma contribuição, efetuavam bênçãos e oravam, com familiares, junto aos túmulos – pela manhã, cerca de 50 já tinham sido visitados. Além do cruzeiro, a urna geral disputava com a campa do menino Onofre as velas e orações da população, em um intenso movimento que se prolongou durante todo o dia.