Seu navegador não possui suporte para JavaScript o que impede a página de funcionar de forma correta.
Conteúdo
Notícias

Santos é retratada em verso por muitos poetas

Publicado: 26 de setembro de 2008
0h 00

Fonte de inspiração de diversos artistas, Santos está retratada em versos de muitos poetas. O mar, os navios no porto, as ruas do Macuco e o Jabaquara estão presentes nos escritos de Cassiano Nunes, Narciso de Andrade e Roldão Mendes Rosa, que fazem parte de um celeiro que deixou à cidade um legado de sensibilidade e contribuição à literatura. Os três tinham coisas em comum, além da amizade e da poesia: na década de 40 participaram do movimento 'Pesquisista', grupo de escritores e intelectuais que se reuniam para discutir assuntos literários e suas poesias. Ambos também tiveram crônicas, críticas e poemas publicados em jornais de São Paulo e Rio de Janeiro, e trabalharam em 'A Tribuna'. Tal respeito e amizade faziam com que Roldão e Narciso, por exemplo, se chamassem de 'poetirmãos'. A Rua Paraná, na Vila Mathias, foi onde nasceu o jornalista Cassiano, em 1921. Entre seus livros, 'Breves Estudos de Literatura Brasileira' e 'A Felicidade pela Literatura'. Seu primeiro livro de poesia, 'Prisioneiro do Arco-íris', foi publicado em 1962. O poeta, falecido ano passado, morou boa parte de sua vida em Brasília e estudou literatura norte-americana na 'Miami University' e literatura alemã na Universidade de Heildelberg, naquele país. Foi professor na Universidade de Brasília e fez palestras no Equador, Cabo Verde e Cuba. Vários de seus poemas foram traduzidos para o inglês. Nascido em Santos em 1924, Roldão não publicou nenhum livro em vida. O 'Poemas do não e da noite' foi publicado após sua morte - faleceu em 1988. A Hemeroteca Municipal, no Centro de Cultura Patrícia Galvão (Vila Mathias), e a Biblioteca da Faculdade de Comunicação da UniSantos levam seu nome. Sua infância na Rua do Rosário, hoje Avenida João Pessoa, muito contribuiu em seus escritos. Em entrevistas, dizia 'que não sabe de Santos e sua profunda poesia quem não sentiu o vento frio da madrugada no cais e não ouviu o apito dos navios na escuridão da noite portuária'. É de Narciso o poema 'Cais' na entrada da Ponte Edgar Perdigão, Ponta da Praia: 'Com tanto navio para partir/ minha saudade não sabe onde embarcar...'. Nascido em São Paulo em 1925, morou em Itanhaém e depois no Macuco. Sua inspiração iniciou na infância, mas só publicou seus poemas em 1948, no jornal santista 'O Diário', onde manteve colunas literárias até 1951. Alguns de seus escritos foram publicados em revistas estrangeiras por meio de Cassiano. Além de escritor e jornalista, formou-se na primeira turma da Faculdade de Direito de Santos (1957). Faleceu ano passado e deixou o livro 'Poesia Sempre'. Entre outros poetas da cidade, estão Alexandre de Gusmão, José Bonifácio, Vicente de Carvalho, Paulo Gonçalves, Rui Ribeiro Couto, Martins Fontes, Xavier da Silveira e Fábio Montenegro. Mais informações sobre personalidades santistas nos 'sites' www.novomilenio.inf.br/cultura e www.artefatocultural.com.br .