Casa do trem bélico passa por recuperação total
Construída entre 1734 e 1738, a Casa do Trem Bélico, localizada no Centro Histórico, na Rua Tiro Onze, está sendo totalmente recuperada. O projeto do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) recebeu verba de R$ 1,4 milhão do BNDES e R$ 200 mil do Finabank. A reforma é patrocinada com incentivos fiscais da Lei Rouanet, que permite ao doador descontar a importância do Imposto de Renda. Segundo relatório do Condepasa (Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos), os serviços de prospecção arqueológica encerraram no mês passado. Também já foi realizada a execução de alvenarias, pilares e vigas do prédio anexo. Prosseguem em andamento a remoção da pintura de portas e janelas, bem como a retirada de revestimento das paredes. Além da recuperação do imóvel, a verba será utilizada para a construção de um calçadão e um estacionamento para ônibus turístico, no entorno da Casa do Trem, além de uma central de informações do Circuito dos Fortes (no piso térreo) e uma área reservada para exposições (no pavimento superior). As obras estão sendo executadas pela Empreiteira Erbauen. HISTÓRIA Com o intuito de representar a soberania da Metrópole sobre a região, pela importância estratégica da Vila de Santos, a Casa do Trem Bélico foi instalada entre 1640 e 1656, após a restauração da Coroa Portuguesa. Tinha este nome por ser um depósito de trem-de-guerra, no qual 'trem' significava 'objeto' ou 'equipamento', e abrigava munições e acessórios da artilharia, abastecendo quartéis e fortes. Possuía seu próprio ancoradouro, conhecido como Porto Geral da Casa do Trem Real. Sofreu algumas reformas, sendo que suas características atuais datam de 1734.