Soltar balões oferece sérios riscos à população
A época junina remete a tradições, mas nem tudo que era feito antigamente pode ser repetido nas comemorações de hoje. Fabricar, vender, transportar e soltar balões é crime ambiental, previsto na lei federal 9.605/98, com pena de um a três anos de detenção ou pagamento de multa. Mesmo assim, muitos insistem em desafiar a lei. A prática coloca em risco a integridade física e a vida das pessoas, pois pode provocar incêndios em florestas, matas, indústrias, postos de gasolina e residências. As queimaduras são outra conseqüência freqüente, podendo ser de primeiro, segundo ou terceiro grau. As de primeiro grau apresentam dor e vermelhidão; as de segundo, vermelhidão e bolhas; e as de terceiro, bolhas, vermelhidão e queimadura dos tecidos da pele, musculatura e perfuração dos ossos. A CPFL Energia registrou, nos últimos três anos, 20 casos de acidentes com balões, no Estado de São Paulo, o que deixou mais de 14 mil clientes sem energia. Os balões são também uma ameaça para a aviação, ao cruzar com aeronaves ou cair no interior de aeroportos. Em Santos, os cuidados devem ser ainda maiores, pois áreas como Porto, armazéns de combustível, Ilha Barnabé e área industrial da Alemoa são muito vulneráveis a acidentes. Ciente dos riscos, a Guarda Municipal realiza campanha de orientação aos guardas, que alertam os moradores sobre os perigos e intensificam a fiscalização. Tanto a Guarda Municipal como a Polícia Militar podem apreender balões e prender o responsável pelo objeto. A população pode denunciar a prática pelos telefones 3219-2305 e 3219-8743 da GM ou 193, do Corpo de Bombeiros, que deve também ser imediatamente acionado em caso de acidentes.