Dia nacional do café será comemorado no sábado

O chá está para os ingleses assim como o café está para os brasileiros. Bebida que caiu bem no jeitinho brasileiro, ajudou o país a se tornar o maior produtor mundial, determinou grandes momentos da nossa história, ditou políticas e comportamentos e já faz parte de nossa cultura, o produto comemora sua data, sábado (24), consagrado ao ‘Dia Nacional do Café’. E nesses dias do frio outonal nada melhor que saboreá-lo nas mais diversas formas na Bolsa Oficial de Café. O imponente prédio em estilo gótico na confluência das ruas XV de Novembro com a Frei Gaspar, no Centro Histórico, além de ser um marco turístico, abriga o Museu do Café e uma cafeteria com iguarias de dar água na boca aos mais exigentes paladares. Musses, tortas, doces, sanduíches, folhados, além de sorvetes, biscoitos e drinques feitos à base de café e de outros sabores, e ainda o tradicional cafezinho fazem a alegria dos visitantes. Os interessados também podem adquirir as diversas espécies de café tipo exportação, torrado e moído na hora, souvenirs. Além da parte gastronômica, o passeio vale a pena para conhecer a bela edificação, cuja sala de pregões conserva o mesmo cadeirado em jacarandá-da-bahia que acomodava os corretores na época em que Santos era a maior praça cafeeira do mundo. Uma clarabóia de vitral com figuras pintadas pelo artista Benedicto Calixto e mármores coloridos da Itália, Espanha e França adornam o ambiente. O prédio abriga o Centro de Preparação de Café e um acervo de livros e objetos ligados ao produto completam a ocupação dos quatro pavimentos. O gerente da cafeteria e barista (provador e’ expert’ em café), Rodrigo José de Araújo Neves, ressalta o ‘Dia Nacional do Café’. É uma data importante, pois o produto é um dos símbolos do nosso país e já está arraigado em nossa cultura. Ele lembra que o Brasil é o maior exportador do produto, embora os Estados Unidos sejam o maior consumidor. Mas nosso consumo tem aumentado. Estima-se que cada brasileiro consuma 70 litros de café por ano. Rodrigo conta que a cafeteria da Bolsa vende por dia cerca de 300 xícaras de café. Durante a temporada dos transatlânticos esse número sobre para 700 por dia. A dupla de administradores de empresa, Juliana Barbosa e Pedro Castro, diariamente freqüenta a cafeteria. Juro que desconhecia a data, mas já é um hábito nosso vir aqui. O café é gostoso e o local, agradável e bonito, diz Juliana. Pedro, que é gaúcho, mas está há dez anos em Santos é enfático. Além de saborear o café, o ambiente tem um ‘glamour’ especial, já que a bolsa é um dos símbolos da cidade. O local funciona de terça a sábado, das 9h às 17h, e domingo, das 10h às 17h. A cafeteria tem entrada gratuita. Ingressos para o Museu do Café (venda até as 16h15) custam R$ 5,00 inteira e R$ 2,50 meia (estudantes, professores e maiores de 65 anos) e é isento para crianças até cinco anos.