Agente jovem prepara 925 adolescentes em sete anos
O Programa Agente Jovem de Desenvolvimento Social e Humano, mantido pela prefeitura, em parceria com o governo federal, preparou 925 adolescentes, entre 2001 e 2007. Neste ano, outros 175 jovens, com idades entre 15 e 17 anos, estão participando de sete núcleos nos centros da Juventude da Zona Noroeste e da Zona Leste/Região Central Histórica, unidades mantidas pela Seas (Secretaria de Assistência Social). O programa se propõe a oferecer ocupação para jovens em situação de risco e vulnerabilidade social, por meio de experiências práticas que os preparam para a futura inserção no mercado de trabalho, permanência no sistema educacional e participação cidadã. Simultaneamente, a iniciativa contribui para a diminuição da violência, uso de drogas, contaminação pelo vírus HIV da Aids e demais doenças sexualmente transmissíveis, além de gravidez não planejada. Cada participante recebe uma bolsa mensal de R$ 65,00. De acordo com Maria Cristina Marinho, chefe do Centro da Juventude ZN0 (onde estão inscritos 100 jovens), o conhecimento e a convivência de um ano lhes fornece maior habilidade no relacionamento e capacidade de pensar e agir. "Na maioria se percebe mudanças benéficas no comportamento". MUDANÇAS Essas alterações já podem ser observadas em apenas três meses de reuniões (os encontros começaram em fevereiro) do núcleo RC3 (Rádio Clube 3). Três dos 25 jovens, que compõem essa turma, garantiram que fizeram progressos na escola e melhoraram o relacionamento com as pessoas. RSC, de 16 anos, disse que o programa lhe permitiu maior desempenho escolar e a entender melhor o mundo. "Eu levava tudo na brincadeira". CCS e TMN, ambas de 15 anos, também evoluíram. A primeira, comentou interagir melhor com as pessoas e suas notas passaram de 4 e 5 para 7 a 10, na EE Francisco Meira. A segunda, informou ter melhorado a auto-estima e a compreender as explicações dos professores. RSC e TMN moram no bairro Alemoa e recebem, além da bolsa mensal, as passagens de ônibus. Os núcleos são acompanhados por um instrutor, Enrico Watanabe, e uma orientadora, Cristiane Alvim. Os dois são oriundos dos projetos sociais desenvolvidos pela prefeitura desde 1999. Pelo trabalho que desempenham são remunerados por bolsas correspondentes aos cargos. Na reunião de terça-feira (6), o núcleo, dividido em grupos, tinha como incumbência debater a Declaração dos Direitos Humanos e elaborar um videominuto. Nas oficinas anteriores de cidadania, temas como sociedade e estado de direito já tinham sido estudados e analisados.