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Secretaria de saúde esclarece população sobre meningite

Publicado: 9 de janeiro de 2008
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Os dois casos de meningite meningocócica registrados na cidade neste ano não caracterizam surto ou epidemia, conforme esclarecimento da Secretaria Municipal de Saúde. A Seção de Vigilância Epidemiológica informa que a situação só é definida como epidemia quando há o registro de pelo menos 10 casos por grupo de 100 mil habitantes. "No ano passado, 16 casos foram confirmados, ocorrendo um óbito. Tais números estão dentro da média anual, que costuma girar em torno de 15 casos", explicou o médico sanitarista Geraldo Wallau, que coordena as questões relativas à vigilância em meningite em Santos. Ele informou ainda que um hospital da rede particular notificou dois casos suspeitos da doença no último final de semana. Destes, uma adolescente faleceu na terça-feira (8) e uma criança permanece internada em condições estáveis, fora da UTI. Em ambos os casos, a Secretaria de Saúde já realizou o procedimento indicado: a quimioprofilaxia dos familiares e pessoas que mantiveram contato mais íntimo com os doentes. Eles receberam os antibióticos adequados e esclarecimentos sobre a doença. Para a população, a orientação é procurar imediatamente atendimento médico quando surgirem os sintomas característicos da doença: febre alta, fortes dores de cabeça, vômitos em jato, convulsões, manchas vermelhas na pele e rigidez na nuca. "É a rapidez no diagnóstico e no tratamento adequado que garantirão a recuperação e o sucesso na evolução do caso", ressalta a infectologista da Secretaria, Iraty Nunes Lima. O QUE É Meningite é a inflamação das membranas que protegem o cérebro e a medula espinhal e pode ser causada por fungos, vírus e bactérias. As virais são as mais comuns e evoluem de forma benigna, enquanto que as bacterianas, como a meningocócica, requerem cuidados intensivos. O exame que confirma a doença consiste na análise do líquido da medula espinhal, o líquor. A cultura deste material permite identificar qual o tipo de bactéria. A avaliação clínica para o início do tratamento imediato é, portanto, muito importante. A transmissão se dá por via oral, no contato com gotículas de saliva da pessoa infectada, como em tosses e espirros. A bactéria é pouco resistente às condições do meio ambiente. Após 48 horas do início do tratamento com antibiótico o doente deixa de ser um transmissor e pode ter vida normal.