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Doenças de verão exigem atenção e cuidado

Publicado: 27 de dezembro de 2006
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O verão começou oficialmente no último dia 21 e promete ser um dos mais quentes dos últimos anos, com temperaturas beirando os 40 graus. O calor oferece condições ideais para a ocorrência de doenças que levam à perda de líquidos e desidratação, como intoxicação alimentar, diarréia e insolação. Outra doenças de verão, como conjuntivite, micoses, bicho geográfico e leptospirose também surgem com mais freqüência e podem atrapalhar as suas férias, se os cuidados com a saúde não forem redobrados. Com a variedade do cardápio desta época de festas e o forte calor, a deterioração dos alimentos facilita o crescimento de bactérias nocivas à saúde e o aumento de casos de intoxicação alimentar. Mal-estar, cólicas, náuseas e vômitos são os principais sintomas. Nos casos menos graves, um dia de repouso e a ingestão de grande quantidade de água ou sucos é suficiente para compensar a perda de líquidos. Nos casos mais graves é necessário procurar um médico para o tratamento especifico contra o agente causador da intoxicação, explica o sanitarista Tarcísio Borges Filho. Muito tempo sob o sol sem os cuidados adequados pode levar o banhista a sofrer queimaduras e desidratação. A insolação provoca dores de cabeça, náuseas e tontura. Mesmo sem estar diretamente exposto ao sol é possível ter insolação. Isso porque a areia reflete os raios solares, aumentando a temperatura da pessoa pelo calor, ou seja, ela não queima, mas assa. Ao primeiro sinal da doença é aconselhável que a pessoa procure uma sombra e comece a se hidratar. Evite sempre o sol entre 10 e 16 horas (11 e 17 horas no horário de verão), tome de dois a três litros de água por dia, use roupas leves e aplique o protetor solar pelo menos 15 minutos antes da exposição ao sol, renovando-o a cada duas horas. CÂNCER DE PELE O câncer de pele não é uma doença de verão, mas é desencadeado por exposições solares sucessivas sem a proteção adequada. Embora, em sua maioria, tenha caráter benigno, uma pequena proporção, de 5 a 7%, é considerado maligno (melanoma). É preciso ficar atento a mudanças na cor, forma ou tamanho de pintas antigas e no aparecimento de novas. Os cuidados são os básicos: usar sempre protetor solar e evitar a exposição ao sol no horário crítico. BICHO GEOGRÁFICO A doença, chamada de Larva Migrans ou dematite serpinginosa, recebeu o nome de bicho geográfico porque a larva parece caminhar dentro da pele, desenhando todo o corpo, como se fosse um labirinto, causando bastante desconforto, forte coceira e irritações. A infestação ocorre por meio do contato da pele com a areia contaminada pelas fezes de animais. Se não for tratada, pode causar infecção secundária e necessitar de antibióticos locais. Um médico deve ser consultado para orientação do tratamento adequado. CRIANÇAS Como o organismo das crianças ainda está em desenvolvimento, elas são mais suscetíveis a uma série de problemas de saúde que podem ser agravados no verão, caso não haja cuidado por parte dos responsáveis. A ordem durante a estação mais quente do ano é respeitar os horários para banho de sol, ingerir muito líquido e ficar atento para outras agressões à pele. Sucos de fruta são altamente recomendados, mas alguns deles, por serem cítricos, quando entram em contato com a pele acidentalmente podem causar queimaduras que demoram a sair, diz a pediatra Célia Cristina Machado, da coordenadoria da Saúde da Criança e do Adolescente. A médica alerta os pais sobre o melhor horário para o banho de sol das crianças: até as 10 da manhã ou após às 16 horas. Para os menores de seis meses bastam apenas 15 minutos de exposição, de manhã e à tarde, desde que devidamente protegidos com chapéu ou boné e camiseta de manga. Os maiores estão liberados a usar o bloqueador solar e devem reaplicá-lo a cada saída da água do mar ou da piscina e se transpirarem muito. Hidratação é fundamental: a cada 15 ou 30 minutos é preciso orientar a criança a tomar algum líquido. Às vezes eles se esquecem de pedir por que estão entretidos com as brincadeiras, destaca Machado. Melhor ainda é oferecer pedaços de fruta in natura, principalmente pêra, melancia e maçã, que retêm grande quantidade de água. Deve-se evitar o consumo de alimentos gordurosos e industrializados e redobrar a atenção à higiene e conservação dos alimentos. Procurar um médico aos primeiros sintomas de mudança no hábito intestinal (quando há diarréia ou vômitos e alteração na consistência das fezes) ajuda a combater a diarréia ou intoxicação alimentar.