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Piso e paredes de mármore do paço municipal estão sendo restaurados

Publicado: 20 de novembro de 2006
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As paredes e o piso do Palácio José Bonifácio (Paço Municipal), inaugurado em janeiro de 1939, durante o governo do prefeito Antônio Iguatemy Martins Jr, estão sendo recuperados pela primeira vez. O mármore rosa pérola (português) das paredes e carrara branco (italiano) do piso estão sendo restaurados por uma empresa especializada. No total, são 960 m² de piso e escada e 550 m² de parede, incluindo toda área do térreo até o início da escada da laje superior do 2° piso. A empresa Dofer Engenharia e Construções Ltda, vencedora da licitação, iniciou o serviço no dia 9 e está executando o trabalho durante a noite e nos finais de semana. A restauração foi orçada em R$ 86.460,60 e a previsão é de que esteja concluída em 90 dias. As obras tiveram início pelas paredes, com a utilização de um produto próprio para remover resina e sujeira. A seguir, emprega-se uma lixa para retirar a sujeira impregnada no mármore. Além dos procedimentos de limpeza, as placas soltas no chão serão fixadas e as peças lascadas e quebradas serão recuperadas. Todos os rejuntes estão sendo reconstituídos. Uma máquina faz a raspagem com abrasivo metálico para eliminar ressaltos e proporcionar nivelamento. Para devolver a exuberância ao piso, o acabamento é executado com um lustro final, que proporciona brilho espelhado. Com a restauração, as passadeiras de borracha preta foram retiradas das escadas. HISTÓRIA Inaugurado em 26 de janeiro de 1939, com a presença do então presidente Getúlio Vargas, como parte das comemorações do primeiro centenário da elevação de Santos à categoria de Cidade, o Palácio José Bonifácio passou a ser a sede da Prefeitura Municipal, que até então funcionava nos antigos casarões do Valongo. Construído em frente à Praça Mauá, em área desapropriada pela Prefeitura durante a gestão do prefeito Antônio Iguatemy Martins Jr, o prédio que recebeu o nome do Patriarca da Independência é um dos poucos do Estado construído durante o período áureo do café que ainda mantêm sua estrutura original e decoração preservadas. O projeto arquitetônico de autoria de Plínio Botelho do Amaral, que era engenheiro, foi concebido em 1936. Construído em cerca de dois anos, o prédio possui linhas clássicas e acabamento em mármore italiano e jacarandá, além de lustres de cristal da Bohêmia. As escadarias externas de pedra lavada, arcos e enormes colunas são outras características da construção, que impressionam pela beleza e imponência. O estilo arquitetônico segue os princípios do Período Eclético, apresentando características greco-romanas, barrocas e neoclássicas, sem haver preocupação com a simplicidade. Os principais destaques dentro do edifício são o magnífico hall de entrada, o Salão Nobre Esmeraldo Tarquínio e a Sala Princesa Isabel.