Saúde mental: encontro discute atenção a crianças e adolescentes
As crianças de hoje são muito diferentes das de dez, vinte anos atrás. Elas têm mais oportunidades, mais vivência, mais informação. Andam mais cedo, falam mais cedo, sentam mais cedo. Em compensação, estão mais expostas a situações de risco, em função da violência. A análise do pediatra e coordenador de Saúde da Criança e do Adolescente, Ruy Puppo, foi feita na manhã desta terça-feira (31), na abertura do Encontro de Saúde Mental da Infância e da Adolescência: fortalecendo idéias, compartilhando experiências. A iniciativa da Secretaria de Saúde (SMS) reuniu, no Consistório da Unisanta, cerca de noventa profissionais das áreas de saúde, educação e representantes de Conselhos. A coordenadora de Saúde Mental, Paula Covas, fez uma retrospectiva do tratamento de crianças portadoras de transtornos mentais no país. Lembrou que até o final da década de 70 muitas eram mantidas em instituições, isoladas da família, inclusive sem o conhecimento da sociedade. Hoje está em construção um serviço voltado para o comunitário, que visa a melhoria da qualidade de vida da pessoa sofredora de Saúde Mental, respeitando a sua individualidade, explicou Covas. O coordenador do Centro Camará de Pesquisa e Apoio à Infância e Adolescência e membro do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Condeca), João Carlos Guilhermino da Franca, disse que encontros como este são necessários para aprofundar a discussão das políticas públicas e que os conselhos municipais precisam se fortalecer para serem interlocutores do que se discute no Estado. Nossas ações devem ter coerência com o que a gente quer produzir. E o que a gente quer produzir é cidadania, afirmou Franca.