Liberação de rua no saboó traz alívio aos moradores
O permanente risco de atropelamentos e outros acidentes de trânsito não vai mais atormentar quem reside ou transita pela Rua Maria Mercedes Féa, no Saboó (Zona Noroeste). A demolição de um chalé de madeira que obstruía metade da via, promovida pela Prefeitura no último sábado (21), atendeu a uma antiga reivindicação dos moradores, que agora se sentem aliviados. A medida faz parte de uma proposta da Administração Municipal que visa solucionar antigas pendências em inúmeros pontos da Cidade, sempre por meio de parcerias e entendimento com a comunidade. Entre as principais providências tomadas neste sentido, destaque para a autorização judicial para a implementação de um parque público na plataforma do emissário (Praia do José Menino), a construção de uma escola na área do antigo Edifício 'Moulin Rouge' (Gonzaga), a construção de núcleos habitacionais no 'Estradão' da Zona Noroeste e a retirada de pedras do leito da Rua Guilherme Russo, no alto do Morro da Nova Cintra. A Rua Maria Mercedes Féa apresenta um grande fluxo de veículos, sendo utilizada por motoristas, motoqueiros e ciclistas como via opcional de ligação entre Santos e São Vicente, especialmente quando as pistas das avenidas Nossa Senhora de Fátima e Martins Fontes estão congestionadas. A via também integra o trajeto das linhas de ônibus 102 e 184, e o seu estreitamento provocava sérios riscos de acidente, especialmente para os pedestres e ciclistas. Após a remoção do antigo chalé, a Prefeitura vai agora realizar a drenagem, a recomposição do meio-fio e das sarjetas e o asfaltamento dos cerca de 40 metros lineares da pista liberada. A via vai recuperar sua largura integral, de 8 metros, no trecho onde estava a moradia. O serviço será executado pela empreiteira Termac, contratada após licitação pública para realizar este tipo de obra em diversos bairros da Cidade. A Rua Maria Mercedes Féa é um prolongamento da Rua Itanhaém. Começa na Rua Francisco Pedro dos Reis, atrás do Cemitério da Filosofia, seguindo paralela ao morro até a Rua Doutor Oswaldo Carvalho de Rosis. ALÍVIO Os moradores do Saboó reagiram com alívio à medida adotada pela Administração. Bruno da Silva e Renata de Souza Miranda são estudantes e se locomovem constantemente pela via de bicicleta. "Ainda bem que agora a pista vai ficar livre, porque este pedaço, onde estava o chalé, era muito perigoso", disse Renata. Bruno lembrou ainda que as crianças são as principais vítimas: "aqui perto está a Escola Estadual Bartolomeu de Gusmão, e a criançada passa por aqui quando sai da aula. Elas tem que ficar esperando o trânsito, não tinha calçada onde estava a casinha. Agora, vai ficar muito melhor". Para o comerciante Bruno Gomes Ferreira Veiga, descendente da família que morava no imóvel, a medida era muito necessária. "Vai ser bom pra todo mundo: motorista, pedestre, moradores e até para os comerciantes próximos. Temos aqui um lava-rápido e oficina, que ficará mais visível e fácil de entrar ou sair de carro. Mais do que tudo, vamos todos ter mais segurança". Disleine Aparecida Gomes Ferreira Veiga nasceu no chalé demolido, mas acha que a remoção era a única coisa a ser feita: "a gente sente pelas lembranças que guarda, mas era impossível continuar como estava, no meio da rua".