Técnicos de mauá conhecem programa de internação domiciliar
Técnicos da Secretaria de Saúde de Mauá, município da Grande São Paulo, estiveram nesta terça-feira (3) na Cidade para conhecer o Programa de Internação Domiciliar (PID), desenvolvido em Santos pela Prefeitura. A comitiva, formada pela chefe do Programa de Assistência Domiciliar (PAD), Aparecida Fargiane, pela psicóloga Isabel dos Anjos Rico e pela assistente social Gisleine Rodrigues, foi recebida no Pronto-Socorro da Zona Leste, onde funciona a central do PID. No encontro, do qual participaram a coordenadora de Unidades Básicas, Lucimar Lucas de Lima, e a chefe do Sepid, Célia Maria Alves Giangiulio, foram aprestantados: histórico do PID em Santos, principais características, vantagens, dificuldades e também os critérios para admissão de pacientes. O objetivo de conhecer o trabalho desenvolvido aqui é a implementação do programa na Prefeitura de Mauá. Noventa por cento dos nossos pacientes são PID, mas estão no atendimento PAD. Temos muitos óbitos e a equipe está desestimulada, por isso precisamos separar o que é um e o que é outro, revelou Fargiane, contando que atualmente 230 pessoas estão incluídas no programa. O PAD e o PID tem critérios de admissão diferentes. O PAD é voltado para pacientes crônicos ou acamados, mesmo que temporariamente, mas estáveis. Já o PID prevê assistência a pacientes crônicos em quadros agudos, a pacientes terminais ou com alta hospitalar precoce. Criado em 1992, o Programa de Internação Domiciliar (PID) atende hoje 120 pacientes nos três núcleos: Orla, Centro e Morros e Zona Noroeste. A admissão depende de avaliação do médico ou enfermeiro, do quadro clínico e das condições de habitação. Também é preciso ter um cuidador 24 horas. A equipe é formada por médico generalista, enfermeiro, auxiliar de enfermagem, oficial administrativo, assistente social, motorista, fisioterapeuta e nutricionista. As visitas variam de acordo com o estado do paciente. Geralmente são realizadas uma vez por semana ou a cada 10 dias. Mas podem ocorrer duas ou três visitas no mesmo dia. Um paciente desidratado, por exemplo, é colocado no soro de manhã, tem o soro retirado na hora do almoço e pode ser avaliado no fim do dia, conta a chefe da Sepid, Célia Maria Alves Giangiulio. As principais vantagens do PID são: redução do tempo de permanência hospitalar, dos transtornos de locomoção à unidade de saúde, do risco de infecções, do estresse do paciente e do cuidador e dos custos, além da liberação de leitos e da humanização do tratamento domiciliar. O paciente deve permanecer no PID por um período de 30 dias, que pode ser estendido dependendo do caso. A alta ocorre nos casos de melhoria clínica (acompanhamento prossegue na Unidade Básica de Saúde) ou transferência (PID, Pronto-Socorro ou Hospital).