Artesanato caiçara é atrativo da área continental
A proposta da Prefeitura de inserir a população da Área Continental de Santos em projetos de geração de renda tem sido tarefa bem sucedida. Por intermédio da atuação de funcionários da Secretaria de Assistência Social (Seas), muitos artesãos de Caruara estão tendo a oportunidade de mostrar seus trabalhos em eventos e exposições específicas, suplementando assim a renda familiar e preenchendo crescente demanda para o artesanato caiçara. Quadros e objetos de decoração, feitos com conchas, cascas de ostras, folhas, sementes e serragem são o resultado da habilidade inata de Sandra Cristina Assumpção, artesã e moradora de Caruara. No último final de semana, ela expôs seu acervo em eventos na Ilha Diana e em Praia Grande. A procura é grande e os preços variam de R$ 10,00 (quadros pequenos) e R$ 50,00 (grandes). Para a presidente do Centro Comunitário de Caruara e artesã Rita Maria dos Santos, a atuação dos funcionários do Centro de Referência e Assistência Social (Cras/Caruara) junto à população do bairro tem sido muito importante. Significa a valorização do nosso trabalho. Só vem somar, afirma. Rita especializou-se em fazer material para decoração e utensílios domésticos à base de fibra de bananeira e papel jornal. Também faço as cestas utilizadas nas festas de Iemanjá, promovidas pela Secretaria de Cultura (Secult). Os interessados em adquirir o artesanato dos artesão de Caruara podem entrar em contato com a própria Rita, pelos telefones celulares 9775-7599 ou 9761-8286. INÍCIO A necessidade de organização para maior divulgação do artesanato de Área Continental fez com que os moradores constituíssem o Grupo de Artesanato de Caruara, coordenados pelo Cras, em 2001. Na ocasião, as atividades dos artesãos tinham como base os eventos promovidos pelo Fundo Social de Solidariedade de Santos (FSS). Os trabalhos ganharam maior destaque a partir da participação nas Feiras da Solidariedade, Festa do Caranguejo, Festa da Banana e em alguns eventos realizados no próprio bairro. Em função das dificuldades para transporte do artesanato até a área insular, os moradores contam com apoio do Departamento de Assuntos Regionais da Área Continental (Dear/AC) e da Seas, através da cessão de veículos e vale-transporte. Atualmente, discute-se a viabilização de um espaço fixo e específico para a exposição do artesanato local, que também serviria para atrair número maior de turistas.