Encontro reúne cerca de 50 multiplicadores do teatro do oprimido
A linguagem do teatro permite que os pacientes da saúde mental expressem, com mais facilidade, as situações delicadas que encontram no cotidiano, comentou a assistente social Fátima Aparecida Micheletti, no encontro que reuniu nesta sexta-feira (4), em Santos, cerca de 50 pessoas dos pólos Litoral (Santos, São Vicente, Guarujá, Itanhaém, Cubatão e Praia Grande) e Capital (São Paulo e Guarulhos) do Centro Teatro do Oprimido (CTO). As atividades de criação, troca de vivências e bate-papo foram realizadas no campus Dom Idílio, da UniSantos. Durante as atividades, foram apresentadas as técnicas utilizadas pelo CTO para estimular a compreensão do processo entre opressores e oprimidos. Todas as cenas criadas retrataram um aspecto do cotidiano das unidades de saúde mental e abriram um leque de possibilidades para aprimorar e garantir a aplicação do método - de forma que este assegure a transformação e objetive a reforma psiquiátrica. Os integrantes dos dois pólos trabalharam em grupos misturados. Conhecer o trabalho que é feito aqui no litoral ajuda a ter novas idéias e aumenta minha expectativa de utilizar outros meios de expressão, destacou a psicóloga Marilene Alves dos Santos, do Caps de Itaquera (SP). A profissional acrescentou ainda que durante as oficinas os usuários tornam-se os próprios atores e donos das descobertas. CTO O convênio firmado entre a Prefeitura de Santos e o Centro Teatro do Oprimido (CTO) prevê o desenvolvimento de projeto de um ano e conta com o aval do Ministério da Saúde. Para esse encontro, era prevista a presença do diretor e idealizador do CTO, Augusto Boal. Em virtude de seus 75 anos e alguns problemas de saúde, Boal não pode comparecer, explicou o coordenador do CTO do Rio de Janeiro, Geo Britto.