Dengue: ralos são principal foco de criadouros
O levantamento bimestral da infestação por amostragem - realizado pelo Programa de Controle e Prevenção à Dengue (PCPD), da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) - fundamenta a preocupação dos técnicos com os ralos domiciliares. Na análise das 108 amostras de larvas diversas, colhidas em janeiro e fevereiro, verificou-se que 90 delas, ou seja, 83%, eram do mosquito Aedes aegypti (vetor da dengue). Destas, 39 foram encontradas em ralos externos, o que representa 43,3% dos focos. Das 90 amostras de larvas do Aedes, apenas 3 (3%) eram de materiais descartáveis, como vasilhames, latas e pneus. De acordo com a coordenação do PCPD, as atenções devem ser voltadas para os ralos de banheiros e edículas que não são usados com freqüência, e para os localizados em quintais. Para evitar que os ralos transformem-se em criadouros, o morador deve despejar cloro, desinfetante ou sal grosso, de duas a três vezes por semana. O ideal é colocar, em cada ralo, meio copo (do tipo americano) do produto, ou uma colher de sopa de sal grosso. Segundo a coordenação do PCDC, os ralos onde o uso é freqüente dificilmente apresentam problemas, já que recebem o sabão em pó, o detergente e o sabonete usado no banho, na louça e na máquina de lavar. Nestes ralos basta usar uma tampa abre-fecha ou cobrir com o tapete. NÚMEROS De 1º de janeiro até terça-feira (18) foram confirmados em Santos 145 casos de dengue, dos quais 110 foram contraídos na Cidade (autóctones). O número é 43,5% menor do que o do mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados 280 casos, sendo 253 autóctones. Em compensação, o número de notificações cresceu 33,5% este ano, com 1.126 casos contra 843 do ano passado. Aguardam por resultados de exames do Instituto Adolfo Lutz 738 casos suspeitos. Destes, 598 são de residentes em Santos. A incidência em 2006 ainda é bastante inferior: 26,3 casos por cada 100 mil habitantes contra 60,5/100 mil habitantes, registrada em 2005.