Terrenos da cpfl na zona noroeste devem ser cedidos para projetos sociais
As áreas da Companhia Piratininga de Força e Luz (CPFL) na Zona Noroeste sob as torres de transmissão de energia, num total de 29 mil m², devem ser cedidas a projetos sociais, ambientais e de geração de renda para as comunidades carentes. Para discutir a forma de cessão de uso e melhor utilização das glebas, foi realizada reunião terça-feira (14), na sede da CPFL, com a participação de representantes do Departamento da Administração Regional da Zona Noroeste (Dear-ZNO), vinculado à Secretaria de Governo. Os terrenos estão distribuídos em três bairros, 14 mil m² no Rádio Clube, 7 mil m² no São Manoel, e 8 mil m² no Santa Maria. Entre os projetos que poderão ser colocados em prática figuram hortas comunitárias (o projeto piloto está em pleno funcionamento no Bom Retiro, próximo à Vila Gilda), minhocários, compostagem com resíduos orgânicos, apiário, produção de plantas medicinais, viveiros de mudas e até galinheiros, como forma de reforço alimentar das comunidades participantes e para comercialização de ovos e da produção de carne excedente. Participaram ainda do encontro os representantes da CPFL, Laerte Martins de Oliveira e Cristiano Santos Cucatti; da Sociedade de Melhoramentos de Bairros da Vila Gilda, Lucinéia Marques Lima de Souza; o coordenador do grupo de gestão da Horta Comunitária, Valdir Félix dos Santos; e membros da ONG Agência de Desenvolvimento Eco Social (Andes). EXPERIÊNCIA PILOTO Os 2.800 m² da faixa de transmissão da CPFL, na confluência das ruas Paulo Filgueiras e Washington de Almeida, onde se localiza a Horta Comunitária, do Bom Retiro, poderão ser utilizados para a mesma finalidade. O contrato que havia entre a CPFL e a Sociedade de Melhoramentos da Vila Gilda já terminou. A comunidade do bairro está plenamente envolvida no projeto. Nessa quinta-feira (16), começou na sede do Dear-ZNO o curso do Sebrae voltado ao associativismo e dirigido exclusivamente para 20 pessoas da Vila Gilda que atuam na Horta Comunitária. A formação de uma cooperativa será fundamental para a comercialização dos produtos, que tem como finalidade o reforço alimentar e a geração de renda. Trabalhando na horta comunitária há vários meses, Maria Bertolina Jesus da Silva, moradora da favela Mangue Seco, garante que o trabalho na horta além de ser importante porque colabora no reforço da mesa, contribuiu para melhoria de sua saúde. Ajudou a curar a bronquite. Cícero de Carvalho também está animado. Muita gente ajudou na limpeza do terreno e ele está no ponto para receber a adubação e novos plantios. Nos últimos meses, a horta produziu tomate, batata, abóbora, abobrinha, banana e verduras.