Seviep alerta para os riscos de leptospirose
Preocupada com as chuvas de verão, que causam enchentes e alagamentos, a Seção de Vigilância Epidemiológica (Seviep) distribui, a partir desta quarta-feira (15), informes técnicos sobre leptospirose a todos os médicos das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e prontos-socorros. O objetivo é alertar os profissionais para o diagnóstico e tratamento precoce da doença, iniciativas que reduzem a sua letalidade. Graças à eficiência dos médicos, no ano passado não foi registrada, em Santos, morte decorrente de complicações da leptospirose. Ao todo, a Seviep recebeu 85 notificações de suspeita da doença, com a confirmação de 11 casos. Em 2004 foram 46 suspeitas, seis confirmações, porém dois óbitos. De 1º de janeiro até essa terça-feira (14), a Seviep recebeu a notificação de dez casos, sendo que dois foram descartados e oito aguardam resultados de exames. CARACTERÍSTICAS A leptospirose é uma doença infecciosa aguda, causada pela bactéria Leptospira interrogans e transmitida pela urina de ratos. Quando há inundação, os roedores saem das tocas para não se afogarem e, nesta dispersão, a urina se mistura às águas, diz o infectologista da Seviep, Tarcísio Borges. Ele faz um alerta à população para evitar o contato com águas de enchentes e proibir que crianças brinquem em canais e áreas alagadas. Se isso ocorrer e a pessoa ficar doente, ela deve avisar o médico deste fato. O tratamento precoce com antibióticos evita que a doença evolua para a segunda fase, que provoca alterações imunológicas, com lesões vasculares em órgãos vitais, como rim, fígado e pulmão. Os sintomas da leptospirose são semelhantes aos da dengue, podendo ocorrer febre, dores musculares (principalmente na panturrilha) e de cabeça, prostração e, em alguns casos, vômitos, náuseas e diarréias.