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Iemanjá será saudada em procissão marítima

Publicado: 3 de fevereiro de 2006
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Considerada pelos seguidores das religiões afro-brasileiras como a mãe de todos os santos, Iemanjá, a rainha do mar, protetora dos pescadores e marinheiros, será saudada neste domingo (5) com grande procissão marítima, a partir das 14 horas. A concentração será na Rua Ministro Daniel de Carvalho, esquina com a Avenida Almirante Saldanha da Gama, na Ponta da Praia. A festa é celebrada na Cidade há cinco anos consecutivos para preservar uma das maiores tradições da cultura afro-brasileira. Este ano a realizadora da festividade será a casa de candomblé Ilé Ofá Omim Ojó, coordenada pela yalorixá (mãe de santo) Toloque. O evento tem apoio da Prefeitura, por meio das secretarias municipais de Cultura (Secult) e Turismo (Setur). As pessoas que acreditam em Iemanjá podem levar flores, colônias, espelhos ou pente para serem colocados em balaios com os pedidos que serão depositados no mar. Conta a lenda que se os presentes afundarem no mar é porque Iemanjá aceitou, e o pedido será atendido. Iemanjá será louvada com um xirê (mini-candomblé) na rua onde será a concentração. Enquanto isso, os fiéis poderão depositar os presentes e pedidos no balaio. De lá sairá o cortejo em direção à Ponte Edgar Perdigão, de onde partirá a procissão marítima. NOVIDADE Este ano será celebrada pela primeira vez a união do candomblé e umbanda. O templo de umbanda Cabloco Lua da Mata Virgem levará uma imagem de Iemanjá de 1,20 m. A festa contará ainda com a participação do Superior Órgão de Umbanda do Estado de São Paulo, Associação Umbandista e Espiritualista do Estado de São Paulo, Federação Luz e Verdade, Associação Umbandista e Espiritualista Municipal Baixada Santista, Ordem das Entidades Afro-Brasileiras, União de Tendas de Umbanda e Candomblé do Brasil e Santuário Nacional de Iemanjá, que realiza a tradicional Festa de Iemanjá em Praia Grande. Outra novidade será o lançamento do livro Na Fé de Vivaldo de Logunedé, escrito pela jornalista Cláudia Alexandre, que conta a trajetória do babalorixá Vivaldo Pires de Carvalho, o Pai Vivaldo de Logunedé, idealizador da volta da festa de Iemanjá à Cidade. A autora vai além da figura mítica de Vivaldo (falecido em março de 2005) e adentra no contexto histórico que coloca a região, Santos em particular, como o berço do candomblé no Estado de São Paulo.