Servidores municipais são submetidos a exames periódicos
Uma vez por ano, os servidores municipais, que trabalham em funções com maiores riscos de problemas de saúde e doenças ocupacionais, têm um compromisso: passar pelos exames periódicos. Essa determinação, além de atender às exigências de controle médico, contribui para detecção precoce de doenças. O decreto municipal nº 2680/96, que legisla sobre exames clínicos realizados pela Administração, determina 20 funções nas quais os exames periódicos são obrigatórios. Mas há cerca de dois anos, atendendo mudanças na norma regulamentadora nº 7, do Ministério do Trabalho, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Administração (Sead), começou a ampliar o número de funções atendidas. Atualmente, 51 cargos estão expostos aos exames, em maior número os profissionais da saúde, cozinheiras, merendeiras e funcionários dos cemitérios. Por meio do Programa de Controle Médico e de Saúde Ocupacional (PCMSO), implementado no ano passado, a Administração tem o conhecimento dos riscos e propensões existentes nas 220 funções do funcionalismo. "A partir dos riscos de problemas de saúde detectados por esse estudo, nós definimos os exames a que os servidores de cada função devem ser submetidos", afirmou o coordenador de Medicina do Trabalho (Comed), José Machado Regiani. Nos exames periódicos, todos os funcionários realizam exame de sangue (hemograma), teste de glicemia (taxa de açúcar no sangue) e radiografia de pulmão. Em seguida, passam pela consulta médica. CAMPANHA ANTI-HIV Investindo na prevenção, os servidores submetidos aos exames periódicos têm a disposição os programas de atualização da vacinação antitetânica, campanha anti-HIV e saúde bucal. Este último é realizado por dois dentistas e foi implantado há seis meses. Apesar do pouco tempo, já colhe bons resultados: dois funcionários com câncer bucal em fase inicial foram encaminhados ao tratamento especializado. "Fizemos essa detecção precoce e assim propusemos uma melhoria de qualidade de vida desses servidores. Quando se constata precocemente a doença, consegue-se maior amplitude no tratamento, disse Regiani. Na campanha anti-HIV, é oferecido teste para que o servidor saiba se possui ou não o vírus da Aids. O exame é opcional. De acordo com o Departamento de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (Desmet), da Sead, o programa teve início em dezembro de 2004.