Portadores de deficiência participam de aula de surfe
Um grupo de 46 jovens portadores de necessidades especiais nas áreas física, mental, sensorial e múltipla, da cidade de Campinas, participou nessa terça-feira (12) de uma aula especial de surfe, em frente ao Posto 2, na Praia do Gonzaga. Foi um dia diferente para quem mora no interior e veio passar o dia na praia, onde tiveram contato com a areia, água do mar e puderam tomar banho de sol. Os alunos fazem parte do grupo do Ambulatório de Terapia Ocupacional da PUC-Campinas. O coordenador do ambulatório, Roberto Ciasca, explicou que é importante as crianças vivenciarem as situações do dia-a-dia. Mesmo com a deficiência, é relevante que elas consigam ir à escola, comer sozinhos e se divertir. Para ele, a dinâmica terapêutica é um jeito de treinar e avaliar a evolução das crianças. É diferente se trocar para ir à praia e se trocar no ambulatório. A praia é uma motivação, eles se esforçam ao máximo, já que interagem com o ambiente e desenvolvem a percepção. Maria Aparecida Pereira Roque é mãe de João Pablo, 13 anos, que participa da escolinha pela segunda vez. Ele gosta de contar tudo para os amigos da escola, diz a mãe. A alegria de João podia ser vista em seu sorriso. Aline Aparecida Lima, 12 anos, está vindo pela terceira vez, ela explicou que nunca tinha surfado e aprendeu aqui em Santos. Gabrielly Audrey da Silva Lima, 8 anos, veio pela segunda vez e disse adorar a água. O professor Cisco Araña, da Escola Radical, que coordenou as atividades com um grupo de professores da Secretaria de Esportes (Semes), disse que não existe técnica, mas sim, apoio a eles para que sintam o que é o mar e se entusiasmem pela modalidade. A atividade na Escola de Surf Radical da Semes é desenvolvida desde 2001. A atividade dessa terça faz parte do convênio entre a Semes e Puc-Campinas.