Primeira fase da restauração do pantheon dos andradas está concluída
A Secretaria de Obras e Serviços Públicos (Seosp) concluiu a primeira fase do projeto de restauração do Pantheon dos Andradas, um dos mais importantes pontos culturais e turísticos do Centro Histórico de Santos. No local estão as urnas funerárias de José Bonifácio de Andrada e Silva, patriarca da Independência, e de seus irmãos. Agora deve ser feita a recuperação da calçada defronte ao monumento. Novo processo de licitação está tramitando, no valor de R$ 107.247,50, para restauração de pinturas decorativas do forro, estucamento e polimento das placas de mármore das paredes do salão. E ainda a recuperação das luminárias e gradil em volta do túmulo, que serão limpos, lixados e vão receber tratamento anti-oxidante e pintura em esmalte. O restauro das pinturas decorativas exige procedimentos artesanais. Estes envolvem remoção das camadas de repintura, nivelamento de lacunas, reprodução de partes faltantes, aplicação de base preparatória e de camada de proteção e reintegração da policromia. O local mantém oito painéis de bronze com cenas da história do Brasil, trazendo em baixo relevo frases dos irmãos Andradas. Representam fatos históricos que tiveram participação decisiva de José Bonifácio. As chaves do imóvel serão devolvidas à Secretaria Municipal de Turismo (Setur), a quem caberá definir a reabertura do equipamento ao público. O QUE FOI FEITO As obras foram iniciadas em abril do ano passado pela empreiteira Fazer Construções e Engenharia Ltda, vencedora da licitação estimada em R$ 99.204,00. Uma das preocupações do projeto de restauração, assinado pelo arquiteto Ney Caldatto, da Secretaria Municipal de Planejamento (Seplan), foi a de manter as características originais do equipamento. As obras incluíram a recuperação completa do telhado, com substituição das telhas do tipo romana pela francesa, original do imóvel. Houve revisão nas partes elétrica e hidráulica, reforma completa do telhado, recuperação do piso em madeira, dos acabamentos em gesso, e pintura geral com a manutenção das cores originais da histórica construção inaugurada em 1923. A intervenção principal visou sanar os problemas de infiltração que causava a deterioração interna do prédio. A restauração teve aprovação do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos (Condepasa).