Seu navegador não possui suporte para JavaScript o que impede a página de funcionar de forma correta.
Conteúdo
Notícias

Consumo de peixe é tradição da semana santa

Publicado: 9 de março de 2005
0h 00

A palavra tradição, entre outros significados, refere-se ao ato de transmitir ou entregar. Também pode ser, segundo o dicionário, a transmissão de valores espirituais, através das gerações. Algumas datas materializam esta definição. A Páscoa é uma delas. Junto com os valores religiosos, um dos símbolos desta época é o consumo de pescado. Principalmente na Sexta-feira Santa, ou Sexta-feira da Paixão, assim denominada já que teria sido numa sexta-feira que Jesus Cristo teria se entregado à morte, por amor à humanidade. Em respeito ao sangue derramado do Cristo, católicos do mundo todo se abstém do consumo de carne vermelha, dando preferência ao peixe. Este ano, a Sexta-feira da Paixão será no próximo dia 25. Ainda falta algum tempo, mas já tem gente planejando os pratos para a data religiosa. No Mercado do Peixe e na Rua do Peixe, na Ponta da Praia, há indícios de consumidores pesquisando preços que, de agora até a Páscoa, também –tradicionalmente – tendem a subir. Apesar de um aumento médio que, ao longo dos anos, tem ficado na casa dos 30%, o comerciante Otávio Antunes Vieira, Boxe 3 e 4, do Mercado do Peixe, comenta que certos tipos de pescado até baixam de preço na Semana Santa. Os barcos têm uma programação especial para esta época do ano, produzindo mais do que de costume. Como aumenta a oferta, alguns preços até caem. Não é raro que a gente venda tainha, bagre ou corvina abaixo do preço, diz. Vieira também lembra que não há um campeão de vendas. Tudo que chega sai em grande quantidade nesta época. Não dá para destacar um tipo de peixe que venda mais, informa. O aposentado Wilson Rocha, freqüentador da Rua do Peixe, diz que já fez o estoque para a Semana Santa. Costumo me prevenir dos aumentos de última hora, posso congelar e já está tudo acertado para a Sexta-Feira e o Domingo de Páscoa, comenta. Sérgio Luiz Plácido veio de longe para as compras. Morador da Vila São Jorge, ele não deixa de freqüentar a Rua do Peixe em busca de produtos frescos. Na Semana Santa é tradição de família consumir bacalhau, mas o dia a dia não pode ficar sem peixe. É longe, mas vale a pena. Os produtos são de primeira, e, depois, aproveito para dar um passeio, diz. ATENÇÃO NA COMPRA De acordo com os técnicos da Seção de Vigilância Sanitária (Sevisa), da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), ao comprar peixe é importante reparar alguns itens como o odor característico do peixe, olhos salientes e brilhantes, pupilas negras, escamas bem aderidas ao corpo e as guelras rosadas ou vermelhas, sem sinal de muco. A carne precisa, ainda, estar firme e resistente à pressão do dedo. Também é bom observar se o ventre não apresenta inchaço. E, caso de compra de produtos congelados, é preciso atentar para o carimbo dos serviços de inspeção e a existência de uma névoa branca na embalagem, que indica boa refrigeração. Outro cuidado imprescindível é observar as condições de higiene das peixarias. Para preservação da qualidade, as postas e os peixes devem estar dispostas lado a lado, sobre o gelo.