Prefeitura emprega mais de 6 mil servidoras

Elas se chamam Ana Marilda, Maria José, Maria Helena, Júlia, Rita e Anadir. Trabalham na Prefeitura, intregrando um contingente de 6.021 mulheres em diferentes setores. Nesta terça-feira (8), Dia Internacional da Mulher, falam a respeito da data e contam um pouco do dia-a-dia. Há 32 anos atuando na rede municipal de ensino, dos quais 15 como diretora da Emei Olívia Fernandes, Ana Marilda do Nascimento Carranca, de 62 anos, viúva e mãe de um rapaz de 22, acredita que a mulher é o ser mais sublime que Deus criou porque tem o poder de dar vida a alguém, principalmente quando atua na área da educação, preparando as crianças para o futuro. Para a guarda municipal e atleta maratonista, Maria José Dias Pereira, 39 anos, funcionária da Prefeitura há 13, a data é importante para lembrar a atuação das mulheres na sociedade, na formação da família, enquanto esposa, mãe e trabalhadora. Garra e força de vontade é o que não faltam para M. Dias, como é conhecida. Ela alia o trabalho aos treinos diários, correndo de 10 a 14 km, guardando com carinho de vencedora, mais de 150 medalhas e troféus conquistados em cerca de 200 competições, pelo Brasil e exterior, com o apoio da Guarda Municipal e da Raiders Sports, como faz questão de frisar. Cuidando dos jardins da orla da praia há mais de 20 anos, as jardineiras Maria Helena da Silva, 53 anos, Júlia Oliveira dos Santos, 57 anos, Rita Maria da Conceição, 56 anos e Anadir de Almeida, de 61 anos, integrantes da Coordenadoria de Parques e Jardins (Coparq) são o reflexo da alegria e energia positiva. Trabalhamos com o que gostamos. Os problemas pessoais superamos aqui, cuidando das plantas, revelam. Para elas, que têm em comum o fato de serem mães, avós e com a missão de ajudar no sustento da casa, o Dia da Mulher deve ser comemorado todos os dias. O jardim é uma rosa no nosso coração, diz Anadir. ORIGEM A origem do Dia Internacional da Mulher data de 8 de março de 1857, num episódio trágico. Em uma fábrica têxtil de Nova York, 129 operárias entram em greve. Reivindicam salário igual ao dos homens e redução da jornada de trabalho, que chega a 16 horas diárias. Os patrões trancam as operárias e incendeiam a fábrica. Todas as grevistas morrem queimadas. Em 1910, no 1º Congresso Internacional das Mulheres, na Dinamarca, surge a idéia de se estabelecer uma data para homenagear essas mulheres e marcar um dia pela luta feminina. Em 1975, a Assembléia Geral das Organizações das Nações Unidas (ONU) decretou o dia 8 de março como o Dia Internacional da Mulher. No Brasil, o direito ao voto, pelas mulheres, só é reconhecido na Constituição de 1934. A primeira governadora é eleita 60 anos depois.