Metropolização da saúde vai ampliar oferta de serviços
A Prefeitura arcou com a despesa extra de R$ 7,9 milhões no setor da Saúde, referente à diferença em relação ao teto do faturamento ambulatorial e hospitalar no período de janeiro a outubro do ano passado, fixado em R$ 29.168.912,50. Esse excedente refere-se ao volume de atendimentos na rede local, que acusa alto índice de pacientes oriundos de outros municípios só na rede de urgência e emergência da Prefeitura, cerca de 40% dos atendimentos são de pacientes que não residem em Santos. Os dados foram apresentados por um representante da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), durante reunião do Conselho Intergestores Regional (CIR), na última terça-feira (25). Apenas os representantes de Bertioga e Itanhaém faltaram ao encontro, realizado na Direção Regional de Saúde (Dir XIX). Participaram os demais secretários de Saúde da Região Metropolitana da Baixada Santista e da direção da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), Instituto Adolfo Lutz, Hospital Guilherme Álvaro, Núcleo de Hematologia e Hemoterapia de Santos e Núcleo de Gestão Assistencial do PAM-Aparecida, todos integrantes da CIR. Segundo um representante da SMS, a inexistência de fluxo organizado de encaminhamento por parte dos demais municípios da região desestrutura o sistema, prejudica o atendimento às demandas locais e passa à população a falsa impressão de que os gestores não têm capacidade de gerenciar sua rede de Saúde. Para corrigir as distorções, foi proposto o Plano Pactuado Integrado (PPI). IDÉIA APROVADA A proposta de implementação do Plano Pactuado Integrado (PPI), apresentada pela Secretaria de Saúde de Santos, recebeu o apoio do diretor técnico em exercício da Dir XIX, Gilberto Simão Elias, que agendou para próxima terça-feira (1º), às 10 horas, reunião extraordinária da Comissão Intergestores Regional (CIR). Na oportunidade, os secretários de Saúde da região metropolitana apresentarão as condições das redes ambulatorial e hospitalar instaladas nos municípios e as necessidades para atendimento da demanda. Elias lembrou que a regionalização da Saúde é tema discutido há cerca de 10 anos nas reuniões do órgão estadual e reconheceu a necessidade de os municípios da Baixada darem retaguarda básica para a população, estabelecendo mecanismos de controle de sua demanda externa. É fundamental a garantia de acesso dos pacientes a uma rede hierarquizada e descentralizada, e, sobretudo, que os municípios sejam ressarcidos pelos serviços que dispuserem, afirmou Elias. Segundo ele, como cidade pólo da região metropolitana, Santos tem sobrecarga de atendimento na rede hospitalar conveniada, sendo o único município que ampliou sua oferta de leitos. Odílio frisou que os municípios precisam se reestruturar nesse setor.