Programa de hipertensão e diabetes tem mais de 23 mil cadastrados
Para se avaliar o crescimento do programa de Hipertensão e Diabetes, desde sua criação em 2001, pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), basta citar a evolução da entrega de medicamentos. Um dos produtos de controle de hipertensão mais prescritos aos pacientes - o captropil - registrava, em janeiro de 2001, um total de 28 mil unidades distribuídas ao mês. Em junho deste ano, a Seção de Armazenamento de Medicamentos (Searm) contabilizou a distribuição de 530 mil comprimidos que chegam às mãos dos portadores por meio das 22 policlínicas e três postos avançados da Área Continental. O Programa de Hipertensão e Diabetes (PHD) é sem dúvida um dos programas de promoção em Saúde mais bem estruturados e com grande envolvimento dos pacientes e profissionais. Começou em oito policlínicas, mas foi crescendo e hoje já está estruturado em todas as unidades de Saúde, registrando no final do ano passado 17.691 hipertensos cadastrados e ainda 5.613 diabéticos. Muitos pacientes possuem as duas doenças conjugadas. Em média, são feitas 7.290 consultas mês só para esse segmento da população. O PHD não faz apenas o acompanhamento médico e distribui medicamentos. Na programação figuram palestras, dinâmicas de grupos, atividades físicas, entre outras ações em saúde que visam melhor qualidade de vida ao paciente. As principais dúvidas sobre cada doença são esclarecidas nos encontros mensais, que procuram enfatizar temas como importância da dieta, os perigos provocados pelo fumo e álcool, obesidade, distúrbios físicos, tal como pé do diabético, que leva à amputação, e a valorização da auto-estima. O serviço oferece ainda atenção multidisciplinar com encaminhamento para especialistas, quando necessário. Nesta terça-feira (14), às 8h30, acontece reunião na Policlínica do Campo Grande, com o médico Jorge Maxta, coordenador do programa. O incentivo à atividade física, que é fundamental para todos, tem acompanhamento de estagiárias de Educação Física. As aulas são desenvolvidas nas policlínicas da Aparecida, Campo Grande, Conselheiro Nébias, Embaré, Jabaquara, José Menino, Gonzaga, Marapé, Valongo, Vila Mathias e no Horto Municipal. Essa programação de atividades físicas, iniciada no ano passado, visa beneficiar a saúde integral dos portadores, já que o diabetes e a hipertensão costumam ser a porta de entrada para graves problemas no coração, e a principal causa da mortalidade em Santos. As pessoas interessadas em se cadastrar no programa podem obter mais informações pelo telefone 3201-5000, ramais 5293 e 5294. DIABETES E HIPERTENSÃO Além dos problemas que afetam a saúde em geral, sobretudo o coração, é importante lembrar que o diabético corre o risco de amputação de pés e pernas. O diabetes também torna o portador mais suscetível à cegueira e ainda contribui para o desenvolvimento da arteriosclerose, sendo um dos fatores responsáveis pela insuficiência renal. A hipertensão arterial é outra doença de grande prevalência na população e já vem atingindo crianças, embora sua maior incidência ocorra a partir dos 40 anos. É uma doença que atinge uma em cada cinco pessoas, enquanto na terceira idade atinge um em cada dois idosos. Provocada por vários fatores, entre os quais hereditários e por maus hábitos de vida, a hipertensão também está associada ao grande consumo de sal, sedentarismo, tabagismo e consumo de álcool. A pressão alta é a elevação da pressão arterial acima dos níveis considerados normais (14x9). Isso acontece quando os vasos por onde o sangue é bombeado se contraem, em razão de estreitamento. Nesse caso, a pressão dentro deles também tende a aumentar. A maioria das pessoas com hipertensão não apresenta sintomas. Mas quando aparecem podem manifestar-se como dor de cabeça, sangramento nasal, tonturas e zumbidos no ouvido. Há também palpitação, dor no peito, falta de ar, inchaço, alterações visuais, perda da memória e de equilíbrio. Outros sinais são palidez, problemas urinários e dores nas pernas, fatos que demonstram que órgãos alvo da doença podem estar comprometidos.