Número de óbitos de bebês é menor em santos
No primeiro semestre de 2004, de 2.896 nascimentos houve registro de 42 óbitos de bebês de até um ano, representando um coeficiente de 14,5. Este resultado é bem mais favorável em relação ao mesmo período de 2003, quando nos primeiros seis meses do ano houve 2.720 nascimentos e 54 óbitos, representando 19,9 óbitos por cada mil nascidos vivos. Já no cômputo final do ano passado, o Coeficiente de Mortalidade Infantil (CMI) ficou em 15,39. Mesmo sendo o resultado de 2004 ainda preliminar, a Coordenadoria da Criança e do Adolescente, vinculada à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), considera os fatos positivos, mostrando a tendência que vem se repetindo ao longo dos últimos anos. A queda da mortalidade infantil é reflexo de uma série de medidas que envolvem o melhor acompanhamento no pré-natal, com oferecimento de no mínimo oito consultas por gestante, mais exames de ultra-som, busca ativa de futuras mães a partir dos testes positivos (TIG) e acompanhamento de bebês no Programa de Recém Nascido de Risco. Outras iniciativas implementadas em Santos que colaboram para a queda da mortalidade infantil no primeiro ano de vida são o incentivo ao aleitamento materno, o Programa Creche Saudável (com visitas médicas às creches) e programa de apoio à Gestante de Risco Psicossocial, entre outras ações, como o Programa de Agentes Comunitários de Saúde, que visitam famílias menos favorecidas socialmente, atraindo gestante para um bom pré-natal. É importante destacar que o trabalho de incentivo ao aleitamento materno começa no pré-natal, prossegue no Hospital Maternidade Silvério Fontes (que tem o título Hospital Amigo da Criança, mantendo alojamento conjunto que facilita a proximidade do bebê com a mãe) e se completa com os grupos de aleitamento nas policlínicas. Neste mês, mais dois cursos de capacitação de médicos, enfermeiras e outros profissionais da SMS estão sendo concluídos, com o objetivo de implementar em todas as policlínica o programa Iniciativa Unidade Básica Amiga da Amamentação (IUBAAM). São cursos completos, com cinco módulos que enfocam a amamentação como prioridade nacional, destacando as vantagens do aleitamento, mas dentro de uma visão holística da mulher, com dinâmica e aula prática para o aconselhamento, e valorizando o tipo de assistência oferecido à mulher na unidade básica, com atenção aos problemas precoces e tardios da mama, ordenha, sexualidade, fragilidade e depressão pós-parto, até problemas do bebê que dificultam a amamentação. O curso também trata da legislação que dá proteção à mãe que amamenta. Segundo a SMS, esse processo de valorização do aleitamento já vem acontecendo há alguns anos, fato que levou Santos a deter o melhor índice de amamentação exclusiva no peito, na pesquisa realizada há dois anos pelo Governo do Estado. QUEDA DE 55% O Município de Santos conseguiu, nos últimos 13 anos, resultados expressivos na queda da mortalidade infantil, que hoje se situa dentro da média do Estado. Caiu 55,5%, passando de 33,9 óbitos por mil nascidos vivos em 1990 para 15,39 no ano passado, embora a meta seja a redução de mortes por causas evitáveis aos níveis de países do primeiro mundo, em torno de 6 ou 7 mortes por cada mil nascidos vivos. Já o CMI no Estado de São Paulo caiu 39,8% nos últimos 8 anos, passando de 24,6 em 95 para 14,8 no ano passado. O CMI de Santos caiu de 24,7 em 95 para 15,39 no ano passado. No primeiro semestre de 2004 a tendência de queda permanece, com 14,5. O coeficiente de Santos tem ajudado a melhorar os números da mortalidade infantil da Baixada Santista, que é a parte do Estado que apresenta o pior coeficiente - 20,4 óbitos por cada mil nascidos vivos em 2003 embora a região, nos últimos anos, também venha reduzindo gradativamente o número de mortes em crianças até um ano de idade. Nos Municípios da Baixada os coeficientes de mortalidade infantil são os seguintes: Praia Grande - 22,10; São Vicente - 22,83; Cubatão - 18,07; Peruíbe - 15,73; Bertioga - 19,49; Itanhaém - 21,98; Mongaguá - 18,74; Santos - 15,39.