Especial: homenagem ao soldado constitucionalista
A Associação dos Combatentes de 32 de Santos realizou, nesta quinta-feira (8), no Cemitério Areia Branca, pela manhã, uma visita ao Mausoléu do Soldado Constitucionalista. Inaugurado em 1988, como parte das comemorações ao 72º aniversário da Revolução Constitucionalista de 1932, o local abriga os restos mortais de cerca de 70 ex-combatentes. Para o presidente da entidade, que foi fundada em 27 de junho de 58, Ernesto Tilly Júnior, um dos objetivos é reverenciar o movimento constitucionalista. Filho de um dos combatentes, o dirigente afirmou em seu discurso que a visita ao mausoléu é simbólica e extremamente importante para perpetuar o sentimento em relação aos participantes da Revolução. É nosso dever manter acesa a chama deste fato histórico importante da História do Brasil, comentou. Além dos dirigentes da associação, compareceram à solenidade, representantes da Polícia Militar, da Diretoria de Ensino de Santos, com alunos representando as 76 escolas da Cidade e a enfermeira voluntária, Ana Arcanjo Bernardo Baraçal. MEDALHAS As comemorações prosseguem nesta sexta-feira (9), a partir da 9 horas, na Praça José Bonifácio, em Santos, com o hasteamento das bandeiras e a entrega da Medalha da Associação dos Combatentes de 1932 de Santos às personalidades que prestaram relevantes serviços à entidade. Serão homenageados os professores: Carolina Ramos, José Lascane, Clóvis Pimentel Júnior, além de Murilo Pinheiro Lima Cypriano, Oscar Castro Cabral e Antonio dos Santos Soares Filho. Durante toda a semana as escolas do Município contaram com palestras alusivas ao tema. O evento é realizado pela Associação dos Combatentes de 1932 de Santos, junto com a Prefeitura Municipal, Instituto Histórico e Geográfico de Santos e a Diretoria de Ensino de Santos. BATALHAS Considerada uma das mais importantes batalhas, a Revolução Constitucionalista, movimento que eclodiu em São Paulo, foi um levante contra o governo provisório de Getúlio Vargas, que aboliu as instituições legislativas, desde o Congresso Nacional até as Câmaras Municipais, e nomeou, para cargos públicos, pessoas de todos os Estados, exceto de São Paulo. Os paulistas, descontentes com isso, exigiram uma nova Constituição para o País, o que culminou em confronto entre 35 mil homens e 100 mil soldados governistas. A luta terminou com a rendição das forças paulistas que, mesmo assim, tiveram o objetivo alcançado dois anos depois, com a convocação da Assembléia Constituinte pelo presidente. Para o combate, Santos enviou 300 soldados. A data tornou-se feriado estadual, decretado pelo governador Mário Covas, em 1997.