Palestras para profissionais de saúde abordam infarto e AVC

Cerca de 200 profissionais, entre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem que trabalham em UTIs, prontos-socorros e unidades de pronto atendimento (UPA) assistiram, nesta sexta-feira (20), a palestras sobre Acidente Vascular Cerebral (AVC) e Infarto Agudo do Miocárdio (IAM).

As duas aulas tinham em comum a importância da rapidez no diagnóstico e tratamento para a sobrevivência e qualidade de vida de quem de problemas cardiovasculares. O 1º Fórum Tempo é Cérebro e Tempo é Músculo foi realizado pelo Departamento de Atenção, Urgência e Emergência, da Secretaria de Saúde de Santos, com patrocínio da empresa farmacêutica Boehringer Ingellhein.

O neurologista Juarez Harding chamou atenção para a necessidade de o tratamento ser iniciado, no máximo, quatro horas após o primeiro sintoma do AVC. Após esse período, o paciente fica com sequelas, no caso de sobreviver. E os sintomas mais comuns são boca torta, dificuldade de falar e fraqueza no braço ou perna. Esses sintomas podem aparecer juntos ou isolados.

“É um erro a pessoa ir deitar e esperar que passe. Tem que ir correndo procurar o médico”. Juarez disse que todo dia tem, pelo menos, uma pessoa internada por AVC na Santa Casa.

Segundo a Secretaria de Saúde, de janeiro a maio deste ano, Santos registrou 1.492 casos de AVC e 124 foram a óbito.

Um terço

Uma das primeiras informações que o médico Fábio Augusto De Lucca deu para os colegas da área da saúde que assistiam à palestra foi de que 33% das mortes no Brasil são causadas por doenças cardiovasculares, superando todas as outras doenças.

Com a ajuda de outro médico e de um enfermeiro, Fábio simulou o socorro a um paciente com infarto agudo do miocárdio. Outro alerta foi a dificuldade do diagnóstico, pois o paciente pode chegar ao hospital sem dor, ou com dor no peito, costas, pescoço e garganta.