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Seviep orienta sobre os cuidados com a meningite meningocócica

Publicado: 17 de março de 2004
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Um caso de meningite bacteriana (meningocócica) registrado no último dia 11 de março, em uma menina de 8 anos, moradora do bairro do Campo Grande, chegou a provocar muita preocupação entre os pais de alunos da Escola Prebisteriana, onde a garota estuda. Entretanto, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informa que não existe motivo para pânico. A Seção de Vigilância Epidemiológica (Seviep), auxiliou a direção da escola na orientação correta aos pais, e adotou medidas de quimioprofilaxia (medicamentos) apenas em pessoas de contato íntimo e direto com a portadora. Não houve necessidade de fechamento da sala de aula para higienização. Segundo a SMS, é necessário apenas que as pessoas que tiveram contato íntimo com o doente façam a quimioprofilaxia que consiste na administração de um antibiótico com doses adequadas ao peso de cada um. São consideradas de contato íntimo, as pessoas que convivem num mesmo ambiente, usufruindo de um mesmo copo, beijando, dividindo talheres, ou em contato com as secreções orofaringes (gotículas de saliva, por exemplo). Essa convivência mais íntima costuma acontecer entre crianças mais novas, razão pela qual os cuidados seriam maiores se a portadora freqüentasse creche. A garota passa bem e está em fase de recuperação da doença, no Hospital Ana Costa. CASOS O médico sanitarista, Geraldo Walau, da SMS, assegura que não há surto, sendo o caso da garota de 8 anos foi o único neste ano. Nos últimos 4 anos, o Município registrou 71 casos de meningite meningocócica, que é o tipo mais grave da doença. Englobando os vários tipos de meningite que podem ser virais ou bacterianas, o número de casos atingiu 331, nos últimos 4 anos. Foram 85 casos em 2000, 77 no ano seguinte, 116 em 2002 e 53 no ano passado. MENINGITE MENINGOCÓCICA Doença causada por uma bactéria chamada de meningococo provoca a inflação das meninges (membranas do cérebro). A bactéria pode se alojar na meninge e também se disseminar na corrente sanguínea, ocasionado a chamada septicemia, com aparecimento de manchas avermelhadas na pele (petéquias). Os sinais da meningite são febre elevada, dor de cabeça, vômitos, rigidez da nuca, alteração de reflexos, alterações da consciência. Geraldo Walau recomenda que se houver sinais da doença deve-se procurar atendimento médico o mais rápido possível. O diagnóstico precoce e o tratamento rápido oferecem mais chances de cura. É uma doença de evolução rápida, levando alguns pacientes ao estado grave em apenas duas horas. Entre as seqüelas da meningite meningogócica figuram problemas visuais, auditivos, perda de funções neurológicas, inclusive da fala e até mesmo retardamento mental. O tratamento consiste na aplicação da quimioprofilaxia. Esse medicamento deve ser tomado por dois dias de doze em doze horas. O tempo de internação no caso da meningite grave é de no mínimo uma semana. VACINAS Existe vacina contra a Meningite Meningocócica mas não está disponível no serviço público. Para as meningites virais, não existe vacina. Na prevenção de várias infecções que podem resultar em meningite, já existe no calendário obrigatório do poder público a vacina contra a haemophylus.