Jornada incentiva tolerância com portadores de toc e síndrome de tourette
Além de ampliar o conhecimento científico entre profissionais das áreas de Saúde e Educação, a I Jornada da Baixada Santista sobre Manias, Tiques Nervoso, Compulsões, Síndrome de Tourette e TOC, incentivou familiares e amigos a ampliarem o nível de tolerância social com indivíduos identificados com esses comportamentos. Para o psiquiatra José Carlos Castillo, médico assistente do Ipq-HC FM-USP, a sociedade é intolerante com as pessoas cujo comportamento social foge dos padrões convencionais. Eles sofrem muito com a discriminação, principalmente as crianças, que inevitavelmente são consideradas rebeldes ou mau educadas. A maioria das pessoas desconhece essas doenças, que se manifestam de forma involuntária, ponderou. A condição de portador da Síndrome de Tourette ou de Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), exige a presença de pelo menos três tipos de tiques, um do aparelho fonador e dois motores, por um período superior há um ano e que se manifestam antes dos 18 anos. Segundo Castillo, um por cento das crianças são acometidas por esse distúrbio, o que no Brasil significa um universo de 600 mil seres humanos menores de idade, pelo censo de 2000. Na fase adulto, explicou o psiquiatra, os tiques se abrandam muito ou chegam a desaparecer. O que permite ao cidadão ter um lugar de destaque na sociedade, já que a doença não afeta a inteligência, concluiu. Essa primeira jornada foi organizada pelo SITOC, grupo de apoio aos portadores de TOC e ST de Santos, com o patrocínio de instituições de ensino e empresas privadas e o apoio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e do Serviço Social do Comércio (Sesc).