Projeto vôlei aos portadores de necessidades especiais inicia atividades

Mais de 100 portadores de necessidades especiais, entre crianças, adolescentes e adultos, participaram ontem (16) da aula inaugural da Escolinha Especial de Vôlei, que faz parte do projeto Vôlei aos Portadores de Necessidades Especiais. O projeto, que tem apoio da Prefeitura Municipal de Santos, por intermédio da Secretaria Municipal de Esportes (Semes), da Liga Santista de Vôlei, do Conselho Municipal para Assuntos das Pessoas Deficientes (Condefi) e TXT-Control Pulseiras de Identificação, tem como objetivo oferecer aos deficientes condições de explorar e superar suas deficiências através do esporte. Na ocasião, estiveram presentes figuras ilustres do vôlei, como o ex-jogador Leonídio, o Léo, que integrou a seleção olímpica de vôlei em 1988, é tetra campeão brasileiro de clubes e penta campeão sulamericano pela seleção brasileira de vôlei. Nesta primeira aula inaugural, o professor Luciano José Marchiori Zanollo, que coordena o projeto com o auxílio de estagiários de Educação Física da Unisanta e apoio da Semes, promoveu uma recreação dando noções de alguns fundamentos do esporte. "Treinamos com bolas de vários tamanhos para adaptá-las ao tato dos alunos. O importante é integrá-los ao esporte para que eles possam minimizar suas deficiências e explorar suas eficiências", destacou Zanollo. Ele explicou que durante as próximas aulas, os alunos serão divididos em grupos de 10 cada, para que possam ser melhor trabalhados e se adaptar aos lugares públicos. INTEGRAÇÃO Para o presidente da Liga Santista de Vôlei e Diretor da Faculdade de Educação Física da UniSanta, Antônio Jorge Pereira de Nóbrega, que também esteve presente na solenidade, o projeto proporcionará integração entre os deficientes e a sociedade. "O mais importante desse projeto não é ensinar o voleibol, mas sim estimular a prática do exercício físico e gerar um ambiente de socialização para os deficientes". O estagiário da faculdade de Educação Física da UniSanta, Joel Shnaider, que participará do projeto, acredita que trabalhar com portadores de necessidades especiais será uma grande experiência. "Mais do que um estágio, trabalhar com eles será uma lição de vida", conta Joel. As aulas serão ministradas as terças e quintas-feiras, das 15 às 16 horas, para crianças e adolescentes, e às sextas-feiras, das 9 às 10 horas, para adultos, sempre na praia do Boqueirão, próximo ao Canal 3, em frente da doceria Joinville. Participam do projeto alunos de diversas entidades que cuidam de pessoas deficientes, entre elas a Associação Espírita "Seara de Jesus", a Associação ao Menor Enfermo Mental (AMEM), o Residencial Maria Helena – Centro de Convivência do Excepcional Adulto, a Associação dos Portadores de Deficiência Mental – NAPNE, o Centro Espírita "30 de Julho" e a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE).