Rede da sms já registrou mais de dois mil casos de conjuntivite em março
Nas primeiras duas semanas de março cerca de dois mil casos de conjuntivite foram atendidos nas policlínicas e três prontos-socorros da rede da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), sem contar o serviço da Santa Casa, que vem registrando nos últimos dias até cem casos dias. Embora a doença não seja de comunicação obrigatória, cabe às unidades de Saúde, em caso de surto de alguma doença, passar informações à Vigilância Epidemiológica, que já iniciou a coleta oficial dos dados. Somente no Pronto Socorro da Zona Leste, foram atendidos em março, 555 casos, até domingo (16), sendo 101 em crianças e 454 em adultos. Ontem (17), pela manhã, o número de pessoas contaminadas aguardando atendimento também era muito alto. Em relação a fevereiro, nesse Pronto Socorro houve apenas 12 casos, sendo um infantil e 11 em adultos. A orientação da SMS, para evitar que o surto se transforme em epidemia, é no sentido de que haja afastamento do serviço, ou da escola, por um período de cerca de sete dias, embora o médico deva avaliar caso a caso, definindo o período da licença. Ambientes fechados favorecem a transmissão da doença. Também será passada à rede uma conduta única no tratamento, sob recomendação de oftalmologistas. CASOS No decorrer de março houve 60 casos atendidos no Pronto Socorro da Zona Noroeste e 227 no Central, até domingo. Os casos mais graves são encaminhados para a Santa Casa, que possui serviço de oftalmologia conveniado com o SUS. Já nas policlínicas, houve mais de mil atendimentos em março, com encaixes entre as consultas agendadas. Num balanço fornecido pelas unidades básicas a poli Bom Retiro registrou o maior número de casos, 300 atendimentos, seguida do Embaré com 120 e Valongo com 80. A unidade da Aparecida registrou 40 casos, Campo Grande 50 e Marapé 30. As demais registraram uma média de 27 casos. CUIDADOS A conjuntivite é a inflamação da conjuntiva. Ela pode ser causada por vírus e bactérias e se dissemina de forma muito fácil. Os principais sinais e sintomas são olhos avermelhados, lacrimejamento, pálpebras inchadas e avermelhadas, secreção amarela nos cantos ou nas bordas das pálpebras. Há ainda intolerância à luz, sensação de areia nos olhos, pálpebras grudadas ao despertaR e visão borrada. Geralmente a doença começa em um olho e passa para o outro. Devem ser observados cuidados de higiene pessoal já que a transmissão se dá de uma pessoa para outra por objetos contaminados. A disseminação maior acontece em ambientes coletivos, creches, escolas, fábricas e escritórios. Entre os cuidados de higiene pessoal é importante lavar com frequência as mãos e o rosto com água e sabão, evitar coçar os olhos, usar lençóis, toalhas e travesseiros individuais e não utilizar objetos de pessoas portadoras, tais como lápis, canetas, lenços.